quinta-feira, 31 de maio de 2007

COMO A IMITAÇÃO INFLUENCIA A LINGUAGEM INFANTIL



COMO A IMITAÇÃO INFLUENCIA A LINGUAGEM INFANTIL

Rafael Lira Gomes Bastos


O texto trata de uma reflexão crítica sobre os principais pontos da linguagem dentro da ótica behaviorista ou comportamentalista. Queremos mostrar a influência dos estudos behavioristas no processo de aquisição e desenvolvimento da linguagem, antes fazendo um apanhado claro das fundamentações teóricas do empirismo, no qual acredita que todo comportamento pode ser condicionado através de um estímulo.
O artigo procura entender as contribuições do comportamentalismo dentro do universo lingüístico, elucidando seus pontos principais, num sistema imparcial de análise
Para entendermos qual a contribuição das teses behavioristas para os estudos da aquisição e desenvolvimento da linguagem, precisamos, a priorI, destacar para o leitor uma visão geral e conceitual dessa tese, que para Campos (2005, p. 174), seria que: “Através do condicionamento, a máquina - o corpo – é regulado para comporta-se de uma maneira previsível. Para um psicólogo S – R, então, todo comportamento é dirigido pelo estímulo, quer o estímulo provenha de dentro ou de fora do organismo”.
Ou seja, o behaviorismo, do termo inglês “behavior”, significando comportamento, propõe que todo e qualquer aprendizado é adquirido através das experiências empíricas, a memorização, a repetição exaustiva, torna-nos capazes de adquirir algum conhecimento, inclusive a linguagem.
Nessa tendência psicológica, com início no despertar do século XX, o conceito que lhe determina são os de estímulo e respostas (S- R), abreviatura dos termos latinos “Stimulus – Responsio”, tendo como um de seus principais teóricos B. F. Skinner (1904 – 1990), que lançou teorias sobre o condicionamento para se chegar a um comportamento pré-estabelecido, lançando mão das experiências conduzidas pela “Caixa de Skinner”, através do reforço positivo e negativo, que na idéia de Campos (2005, p. 193):

Um reforço positivo consiste em adicionar alguma coisa – alimento, água ou um sorriso do professor – ao ambiente do organismo. Um reforço negativo consiste em retirar alguma coisa – um som muito alto, um choque elétrico, ou uma carranca do professor – da situação.

O reforço está ligado a noção de prêmio, de um estímulo, para ser adquirida uma resposta desejada, um comportamento satisfatório. Numa visão geral, essa teoria descarta a possibilidade das emoções, do aprendiz sujeito de seu conhecimento, todos são “tabulas rasas”, sendo assim, a aquisição da linguagem ou de outro aprendizado, não é inata, e sim, empírica.

As teses behavioristas sobre a aquisição da linguagem.

Para os behavioristas “a criança é uma ‘tabula rasa’, [...] ela só desenvolve seu conhecimento lingüístico por meio de estímulo - respostas (S – R), imitação e reforço”, (DEL RÉ, 2006, p.18).
A criança aprende falar pelo simples fato de conseguir memorizar as palavras ou frases da língua, sendo reforçada positivamente quando necessário fosse para aprender um novo comportamento lingüístico.
O empirismo parece nesse contexto, colocando a língua(gem) como apenas uma convenção social, onde a criança não faz parte ativa desse processo, adquire e desenvolve através das respostas condicionadas ou da aprendizagem por memorização.
Assim, o adulto desempenha um papel preponderante para tornar a criança um falante competente, como explica Kaufman (1996, p. 58):
Os comportamentalistas enfatizam o papel da pessoa que cuida das crianças em modelar as formas adultas corretas e em, seletivamente, reforçar ( punir e recompensar) as produções imitativas da criança. Através desse processo, a criança, por fim, torna-se um comunicador maduro.
Pelo menos até a primeira metade do século XX, acreditou-se na teoria behavioristas para explicar como o ser humano adquire a língua(gem), daí em diante essa concepção começou a sofrer grande oposição por parte do lingüístico Noam Chomsky, que derrubou suas teses e lançou o inatismo.
Um dos principais problemas que transcendem a explicação comportamentalista está na capacidade criativa da criança, como explicar de que maneira ela pode memorizar ou repetir aquilo que nunca ouviu? Nota-se que na maioria dos casos, as crianças no processo de aquisição da linguagem, tende a generalizar o uso dos verbos regulares para os irregulares, como por exemplo, o verbo irregular saber, que é freqüentemente pronunciado na primeira pessoa do singular no presente do indicativo como “sabo”, seguindo a regra dos verbos irregulares, a exemplo do verbo comer que na mesma pessoa e tempo ficaria “como”.
Está evidente que a criança não é totalmente passiva nesse processo que por sua vez, não é tão simples, ela pode construir e reconstruir dentro de seu universo lingüístico. Porém, não fica totalmente excluída a possibilidade da memorização, da imitação e dos estímulos fazerem parte efetiva deste aparato lingüístico.
“Presumivelmente, frases e sentenças podem ser aprendidas através do processo de memorização”, esclarece-nos (krech e Crutchfield, 1980, p.123), já que de certa forma todos nós controlamos e somos controlados. Á medida que o comportamento for mais profundamente analisado, o controle virá a ser mais eficaz. Mais cedo ou mais tarde, passaremos por um desses estágios.
CONCLUSÃO
Ao chegarmos no final dos estudos afirmamos que não existe nenhuma concepção mais ou menos favorável para os estudos de aquisição e desenvolvimento da linguagem, cada uma deu ou deram sua importante contribuição e submeteram favoráveis conceitos inerentes ao estudo.
Por algumas vezes, encontramos opiniões controversas sobre o assunto, que tem de ser analisados com bastante imparcialidade para que não sejamos injustos, ao não percebemos seu valor, por isso o behaviorismo ainda nos permite levar em conta suas teorias, e com um olhar crítico percebermos onde o estudo pode ser mais favorável dentro da realidade lingüística.
Como conseqüência desse processo, entendemos que o estímulo - resposta não tem o poder auto-suficiente para determinar o processo de aquisição de linguagem, contudo, pode influenciar o desenvolvimento melhor ou pior desta, o meio ainda tem grande poder pra transformar ou manter uma determinada realidade, inclusive a lingüística.
Portanto, não podemos simplesmente descartar as contribuições do behaviorismo na aquisição da linguagem, mesmo sendo a partir das brechas que ele deu para que novos conceitos fossem lançados. Diríamos que as teses comportamentalistas não foram somente ultrapassadas, mas no fundo, transformadas.

BIBLIOGRAFIA

1. CAMPOS, D. M. de S. Psicologia da aprendizagem. 34º edição. Petrópolis, Vozes, 2005.
2. CHAUÍ, Marilena. Convite à filosofia. 12º edição. 4º impressão. São Paulo: Ática, 2001.
3. DEL RÉ, A. Aquisição da linguagem: uma abordagem psicolingüística. São Paulo: Contexto, 2006.
4. KAUFMAN, Diana. A natureza da linguagem e sua aquisição. In GEBER, Adele. Problemas de aprendizagem relacionados à linguagem: sua natureza e tratamento. Tradução de Sandra Costa. Porto alegre: Artes Médicas, 1996.
5. KRECH, d; CRUTCHFIELD, R. Elementos de Psicologia. Tradução de Dante Moreira Leite e Miriam L. Moreira Leite. 6º edição. São Paulo: Pioneira, 1980.
Rafael Lira Gomes Bastos faz parte do Grupo de Estudos Lingüísticos e Sociais(GELSO), coordenado pelo professor Vicente Martins, da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA), em Sobral, Ceará.

COMO O BEHAVIORISMO EXPLICA A AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM

DANIELE PONTES PASSOS


PATRICIA ANDRADE
Comecemos com esta reflexão sobre a linguagem: “ linguagem permite ao homem ligar o presente ao passado e antecipar o futuro. É através dela que o homem pensa, lembra, elabora conceitos, organiza suas experiências, trabalha no nível de abstração, prevê, julga, planeja, idealiza”.
Diante da necessidade de se explicar como e de que modo à criança vai adquirindo a linguagem desde o momento em que nasce até os modos de expressão verbal e não verbal, os estudiosos começam a se preocupar com a aquisição e desenvolvimento e processamento da linguagem.
Surgem então as principais teorias que abordam sobre o processo de Aquisição da linguagem, entre elas o behaviorismo. Este termo behaviorismo foi inaugurado pelo americano Jonh B. Watson, em um artigo de 1913 que apresentava o título Psicologia como os behavioristas a vêem. O termo inglês behavior significa comportamento, daí se denomina esta tendência teórica de behaviorismo. Mas, também, utilizamos outros nomes para designá-la, como comportamentalismo, teoria comportamental, análise experimental do comportamento.
Esta teoria no que se refere ao processo de aquisição da linguagem teve como base a proposta empirista sendo que esta não considerava a mente como um componente fundamental para justificar o processo de aquisição. Para a proposta empirista importava o fato de o conhecimento humano ser derivado da experiência e de a única capacidade inata que ele possuía ser aquela de formar associações entre estímulos e respostas (E-R).Os estímulos e respostas são, portanto, as unidades básicas da descrição deste processo de aquisição e o ponto de partida para uma ciência do comportamento.
A teoria behaviorista parte do pressuposto que a criança é uma “tábula rasa”, ou seja, que ela nada traz consigo e que tudo o que ela aprende é adquirido através de experiências com o meio, ambiente, ou seja, através de um processo de integração com o outro. E esta só desenvolve seus conhecimentos lingüísticos por meio de estímulo-resposta (E-R), imitação e reforço. E assim para B.F. Skinner o mais importante dos behavioristas que sucedem Watson, a linguagem pode ter um reforço positivo, onde o comportamento, ou seja, a linguagem se manteria. E assim qualquer coisa que faça crescer a possibilidade de que resposta ocorra é vista como reforço positivo. Alimento, elogio, dinheiro, um balançar de cabeça e um sorriso são exemplos de reforço positivo.
Existe também o reforço negativo, aquele que provoca uma resposta de esquiva, isto é, o indivíduo evita determinado comportamento com medo de punição. Um exemplo claro disso, é de uma criança, pois quando fala algo que seus pais não gostam, estes então a repreendem com um castigo, e então, ela vai ficar com receio e percebe que isto não é bem aceito por seus pais.
A imitação também é um fator de grande importância neste processo de aquisição da linguagem, pois a criança diante da interação com outras crianças e com os adultos, começa a imitá-los e isso chama a atenção dos adultos e eles passam a incentivá-la ou recompensá-la por essa imitação.
Watson e Skinner são os dois grandes nomes do behaviorismo. Todavia, outros tantos se destacam como Clark Hull, Dollard, Miller, Tolmun, Guthrie, etc. Diante disso, não existe só uma teoria estímulo resposta (E-R), mas um grupo de teorias, mais ou menos semelhantes, embora tendo cada uma delas ao mesmo tempo algumas qualidades distintas. E foi assim que esses sistemas começaram, como tentativas para avaliação da aquisição e retenção de novas formas de comportamento que apareciam com a experiência. E é por isso que se dá grande ênfase ao processo de aprendizagem.
De acordo com as teorias comportamentalistas, os modelos da personalidade e principalmente do processo de aquisição da linguagem são resultados das respostas aprendidas aos estímulos do ambiente.
Skinner é o fundador da maior escola de pensamento na psicologia (E-R). Ele realmente fundou um sistema que se baseia no behaviorismo de Watson e nos conceitos de estímulo, resposta e reforço. Segundo seu conceito, reforço é qualquer estímulo que torne mais forte a resposta que leva de volta ao estímulo. Skinner distingue entre dois tipos de aprendizagem: a respondente e a operante. Para ele, o tipo operante é mais importante, desde que envolve formas mais complexas de aprendizagem. Na aprendizagem operante, as situações devem ser arranjadas de modo que a resposta desejável seja relacionada ao reforço. Exemplo: em uma instituição, um cientista gostaria de levar um dos internos ao laboratório para estudo, e toda vez que este interno passava pela porta do laboratório, o cientista lhe sorria e lhe dava bombons, coisa que o indivíduo muito apreciava. Com o tempo, o sujeito passou a esperar o sorriso e os bombons por parte do cientista. Posteriormente, este não apareceu à porta do laboratório e o interno, toda vez que por ali passava, olhava ansiosamente para dentro do laboratório, até que, um dia, acabou por entrar (busca do estímulo). Como se pode ver, a situação foi arranjada, usando-se um reforço para que o indivíduo desse a resposta desejada, que era entrar no recinto da pesquisa.
É percebível que a contribuição do behaviorismo para os estudos de aquisição da linguagem é muito significativa, pois é através das nossas relações com os outros, em que a linguagem se coloca como fator primordial, é que vamos elaborar nossas representações do que é mundo. A palavra está, então, intimamente ligada à transmissão ou imposição da ideologia dominante. E assim seu desenvolvimento em todos os aspectos se dá em um meio social - lembremos que as palavras dos outros se tornam nossas palavras, sua maneira de falar, nossa maneira de falar, as idéias que eles veiculam através da palavra se tornam nossas idéias e as respostas esperadas ao estímulo de meio social. Assim, por exemplo, se uma criança usa uma palavra ligada a sexo, em nossa cultura, ela é reprovada com uma cara fechada, palavras de repreensão ou mesmo um castigo. Ela aprende três coisas: que a palavra não pode ser dita; que se for dita será considerada como agressão; e, ainda, que o sentido implícito, sexo, não é algo bem aceito em sua sociedade. É partindo deste pressuposto que a linguagem pode estimular diretamente um padrão de resposta específico e isto é crucial na aprendizagem e na elaboração mental.
Portanto, é a partir da teoria behaviorista que são conhecidos os métodos de ensino programado e o controle e organização das situações de aprendizagem, bem como a elaboração de uma tecnologia de ensino, pois a análise experimental do comportamento auxilia-nos a descrever nossos comportamentos em qualquer situação ajudando-nos a modificá-la. E assim, percebe-se que a interação e a comunicação entre os indivíduos são as conseqüências mais evidentes no processo de aquisição da linguagem.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

SCARPA, Ester Mirian. Aquisição da linguagem. In MUSSALIM, Fernanda; BENTES Anna Christinna (orgs). Introdução à lingüística: domínios e fronteiras, V.Z. São Paulo: Cortez, 2001.
SANTOS, Raquel. A aquisição da linguagem. In FIORIN, José Luiz (org.) Introdução à lingüística: I. objetos teóricos. São Paulo: contexto, 2002.
DEL RÉ, Alessandra. Aquisição da Linguagem: uma abordagem psicanalingüística. São Paulo: Contexto, 2006

Daniele Pontes Passos e Patrícia Andrade fazem parte do Núcleo de Estudos de Aquisição da Linguagem, sob a coordenação do professor Vicente Martins, da Universidade Estadual Vale do Acaraú(UVA), em Sobral, Estado do Ceará. E-mail: vicente.martins@uol.com.br

COMO O BEHAVIORISMO EXPLICA A AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM


DANIELE PONTES PASSOS
PATRICIA ANDRADE


Comecemos com esta reflexão sobre a linguagem: “ linguagem permite ao homem ligar o presente ao passado e antecipar o futuro. É através dela que o homem pensa, lembra, elabora conceitos, organiza suas experiências, trabalha no nível de abstração, prevê, julga, planeja, idealiza”.
Diante da necessidade de se explicar como e de que modo à criança vai adquirindo a linguagem desde o momento em que nasce até os modos de expressão verbal e não verbal, os estudiosos começam a se preocupar com a aquisição e desenvolvimento e processamento da linguagem.
Surgem então as principais teorias que abordam sobre o processo de Aquisição da linguagem, entre elas o behaviorismo. Este termo behaviorismo foi inaugurado pelo americano Jonh B. Watson, em um artigo de 1913 que apresentava o título Psicologia como os behavioristas a vêem. O termo inglês behavior significa comportamento, daí se denomina esta tendência teórica de behaviorismo. Mas, também, utilizamos outros nomes para designá-la, como comportamentalismo, teoria comportamental, análise experimental do comportamento.
Esta teoria no que se refere ao processo de aquisição da linguagem teve como base a proposta empirista sendo que esta não considerava a mente como um componente fundamental para justificar o processo de aquisição. Para a proposta empirista importava o fato de o conhecimento humano ser derivado da experiência e de a única capacidade inata que ele possuía ser aquela de formar associações entre estímulos e respostas (E-R).Os estímulos e respostas são, portanto, as unidades básicas da descrição deste processo de aquisição e o ponto de partida para uma ciência do comportamento.
A teoria behaviorista parte do pressuposto que a criança é uma “tábula rasa”, ou seja, que ela nada traz consigo e que tudo o que ela aprende é adquirido através de experiências com o meio, ambiente, ou seja, através de um processo de integração com o outro. E esta só desenvolve seus conhecimentos lingüísticos por meio de estímulo-resposta (E-R), imitação e reforço. E assim para B.F. Skinner o mais importante dos behavioristas que sucedem Watson, a linguagem pode ter um reforço positivo, onde o comportamento, ou seja, a linguagem se manteria. E assim qualquer coisa que faça crescer a possibilidade de que resposta ocorra é vista como reforço positivo. Alimento, elogio, dinheiro, um balançar de cabeça e um sorriso são exemplos de reforço positivo.
Existe também o reforço negativo, aquele que provoca uma resposta de esquiva, isto é, o indivíduo evita determinado comportamento com medo de punição. Um exemplo claro disso, é de uma criança, pois quando fala algo que seus pais não gostam, estes então a repreendem com um castigo, e então, ela vai ficar com receio e percebe que isto não é bem aceito por seus pais.
A imitação também é um fator de grande importância neste processo de aquisição da linguagem, pois a criança diante da interação com outras crianças e com os adultos, começa a imitá-los e isso chama a atenção dos adultos e eles passam a incentivá-la ou recompensá-la por essa imitação.
Watson e Skinner são os dois grandes nomes do behaviorismo. Todavia, outros tantos se destacam como Clark Hull, Dollard, Miller, Tolmun, Guthrie, etc. Diante disso, não existe só uma teoria estímulo resposta (E-R), mas um grupo de teorias, mais ou menos semelhantes, embora tendo cada uma delas ao mesmo tempo algumas qualidades distintas. E foi assim que esses sistemas começaram, como tentativas para avaliação da aquisição e retenção de novas formas de comportamento que apareciam com a experiência. E é por isso que se dá grande ênfase ao processo de aprendizagem.
De acordo com as teorias comportamentalistas, os modelos da personalidade e principalmente do processo de aquisição da linguagem são resultados das respostas aprendidas aos estímulos do ambiente.
Skinner é o fundador da maior escola de pensamento na psicologia (E-R). Ele realmente fundou um sistema que se baseia no behaviorismo de Watson e nos conceitos de estímulo, resposta e reforço. Segundo seu conceito, reforço é qualquer estímulo que torne mais forte a resposta que leva de volta ao estímulo. Skinner distingue entre dois tipos de aprendizagem: a respondente e a operante. Para ele, o tipo operante é mais importante, desde que envolve formas mais complexas de aprendizagem. Na aprendizagem operante, as situações devem ser arranjadas de modo que a resposta desejável seja relacionada ao reforço. Exemplo: em uma instituição, um cientista gostaria de levar um dos internos ao laboratório para estudo, e toda vez que este interno passava pela porta do laboratório, o cientista lhe sorria e lhe dava bombons, coisa que o indivíduo muito apreciava. Com o tempo, o sujeito passou a esperar o sorriso e os bombons por parte do cientista. Posteriormente, este não apareceu à porta do laboratório e o interno, toda vez que por ali passava, olhava ansiosamente para dentro do laboratório, até que, um dia, acabou por entrar (busca do estímulo). Como se pode ver, a situação foi arranjada, usando-se um reforço para que o indivíduo desse a resposta desejada, que era entrar no recinto da pesquisa.
É percebível que a contribuição do behaviorismo para os estudos de aquisição da linguagem é muito significativa, pois é através das nossas relações com os outros, em que a linguagem se coloca como fator primordial, é que vamos elaborar nossas representações do que é mundo. A palavra está, então, intimamente ligada à transmissão ou imposição da ideologia dominante. E assim seu desenvolvimento em todos os aspectos se dá em um meio social - lembremos que as palavras dos outros se tornam nossas palavras, sua maneira de falar, nossa maneira de falar, as idéias que eles veiculam através da palavra se tornam nossas idéias e as respostas esperadas ao estímulo de meio social. Assim, por exemplo, se uma criança usa uma palavra ligada a sexo, em nossa cultura, ela é reprovada com uma cara fechada, palavras de repreensão ou mesmo um castigo. Ela aprende três coisas: que a palavra não pode ser dita; que se for dita será considerada como agressão; e, ainda, que o sentido implícito, sexo, não é algo bem aceito em sua sociedade. É partindo deste pressuposto que a linguagem pode estimular diretamente um padrão de resposta específico e isto é crucial na aprendizagem e na elaboração mental.
Portanto, é a partir da teoria behaviorista que são conhecidos os métodos de ensino programado e o controle e organização das situações de aprendizagem, bem como a elaboração de uma tecnologia de ensino, pois a análise experimental do comportamento auxilia-nos a descrever nossos comportamentos em qualquer situação ajudando-nos a modificá-la. E assim, percebe-se que a interação e a comunicação entre os indivíduos são as conseqüências mais evidentes no processo de aquisição da linguagem.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

SCARPA, Ester Mirian. Aquisição da linguagem. In MUSSALIM, Fernanda; BENTES Anna Christinna (orgs). Introdução à lingüística: domínios e fronteiras, V.Z. São Paulo: Cortez, 2001.
SANTOS, Raquel. A aquisição da linguagem. In FIORIN, José Luiz (org.) Introdução à lingüística: I. objetos teóricos. São Paulo: contexto, 2002.
DEL RÉ, Alessandra. Aquisição da Linguagem: uma abordagem psicanalingüística. São Paulo: Contexto, 2006

Daniele Pontes Passos e Patrícia Andrade fazem parte do Núcleo de Estudos de Aquisição da Linguagem, sob a coordenação do professor Vicente Martins, da Universidade Estadual Vale do Acaraú(UVA), em Sobral, Estado do Ceará. E-mail: vicente.martins@uol.com.br

COMO AS CRIANÇAS ADQUIREM AS CONSOANTES OCLUSIVAS



COMO AS CRIANÇAS ADQUIREM
AS CONSOANTES OCLUSIVAS


Veruska M. Sousa e colaboradores

O presente artigo trata da importância de se conhecer alguns aspectos lingüísticos necessários para ajudar crianças vítimas de um tipo de dislexia, exclusivamente, relacionada com a troca de consoantes oclusivas do português brasileiro.
Tem, também, a intenção de servir de apoio inicial para um maior aprofundamento no âmbito da Fonética, a fim de despertar pais e professores para a importância de seu preparo e acompanhamento à criança no processo de aquisição da linguagem, ou seja, no que confere a fala, a leitura e a escrita.
Pretende-se através deste, instigar, informar e orientar professores à buscarem meios de ajudar crianças com problemas na fala e, conseqüentemente, na escrita. Porém, essa problemática dar-se-á, especificamente, no que confere à troca de consoantes oclusivas e os aspectos que podem caracterizar esta falha na linguagem. Desse modo, não confere a este, analisar o problema numa visão detalhistas e aprofundada, mas, de maneira generalizada, focando apenas o que interessa à Lingüística, ou, mais especificamente, à Fonética. A abordagem tomará como base argumentativa casos de professores e pais, com crianças que tenham este déficit fonológico, que servirão de exemplos para as definições e classificações das consoantes oclusivas do Português, e também como meio de sensibilizar os interessados para a importância de conhecimentos lingüísticos na resolução de problemas concernentes a fala, a escrita e a leitura.

CONSOANTES OCLUSIVAS: CONCEITO E CLASSIFICAÇÃO

As consoantes são chamadas oclusivas quanto à maneira ou modo de articulação das mesmas. No caso delas, “os articuladores produzem uma obstrução completa da passagem da corrente de ar através da boca. O véu palatino está levantado e o ar que vem dos pulmões encaminha-se para a cavidade oral. Oclusivas são portanto consoantes orais.” (SILVA, p. 33). São também chamadas plosivas, por mérito, exatamente, desta obstrução que, por sua vez, causa uma explosão quando o ar é solto. Quanto aos pontos de articulação, elas se dividirão em bilabiais (/p/ e /b/), dentais ou alveolares (/t/ e /d/), e velares (/k/ e /g/), desvozeadas e vozeadas, respectivamente(quanto à sonorização). Podendo ainda, haver uma palatalização ou labialização provocada pelos articuladores chamados secundários, quando encontrados juntos a uma vogais.
As consoantes /p/, /b/, /k/ e /g/ são uniformes na língua portuguesa, pois não apresentam variação sonora ou articulatória em nenhum dos diversos idioletos do português falado no Brasil. Desse modo, o /p/ de [‘pe] que se fala no Sul é o mesmo de [‘po], falado no Nordeste ou no Sudeste; o /b/ de [‘bota] falado no Maranhão é o mesmo de [‘bico], falado no Acre. E assim acontece, tanto com o /k/ e o /g/, que indiferentemente do idioleto da região em que se falam, os sons são os mesmos.
Por outro lado, as consoantes /t/ e /d/ irão diferir, quanto ao ponto de articulação, em alguns idioletos. Em geral, fala-se o /t/ de [‘tato] e o /d/ de [‘dado], da mesma maneira (dentro das suas próprias particularidades articulatórias) em todas as regiões do Brasil e em seus respectivos idioletos. Todavia, quando estas consoantes encontram-se diante da vogal i, elas sofrem o que é chamado de palatalização, que é quando a língua como articulador ativo, ao invés de ir de encontro aos dentes superiores incisivos ou aos alvéolos, “direciona-se para uma posição anterior (mais para frente da cavidade bucal) do que normalmente ocorre quando se articula um determinado segmento consonantal” (SILVA, p. 35). Então, este segmentos passam a ser “produzidos com uma articulação secundária”(SILVA: 2002, p.34) e a ser classificados, quanto ao modo de articulação, como consoantes africadas (/t/ e /d/).

A TROCA DE CONSOANTES OCLUSIVAS NA FALA E NA ESCRITA

Na alfabetização, em uma escola particular, a professora da menina T. R., começa a perceber falhas na escrita, a partir de ditados, e na fala da criança. A menina troca as oclusivas dentais homorgânicas t e d, falando “tata” ou “tada” em vez de “data”, e também as bilabiais p e b como em “bola”, a qual ela falava “pola”. A professora, então, recomenda a ida a um fonoaudiólogo, e assim procede a mãe da criança. Porém, passados um mês e meio, a fonoaudióloga dá alta à criança, que ainda mostra déficits fonológicos. Já com 7 anos de idade e na 2ª série, T.R continua tendo a dislexia, porém, amenizada pelos estímulos da mãe da menina como ditados e correções. Por parte das professoras que a ensinaram até a série atual, não houve os estímulos necessários para ajudar no problema, por conta de não saber avaliar e lidar com o caso devidamente, sendo evidente a falta de embasamento teórico para tratá-lo dentro das possibilidades do fator lingüístico.
Casos como esse não são tão fáceis de serem encontrados na realidade das escolas, há não ser quando levamos em consideração erros comuns que acontecem na fala da criança durante o início do processo de aquisição da linguagem. No entanto, segundo fonoaudiólogos, quando esta fase de troca de consoantes persiste após os cinco anos de idade, é necessário ter um pouco mais de percepção para identificar as causas e buscar as possíveis soluções para o problema.
Cabe aos pais e professores observarem a criança e, se diagnosticada a troca de letras tanto na fala quanto na escrita, a mesma terá que passar por atividades específicas orientadas pelo professor e, principalmente, ser encaminhada ao fonoaudiólogo. O acompanhamento destes dois profissionais em conjunto, poderá ter excelentes resultados. Mas, como o professor poderá ajudar nesse processo de correção da fala e da escrita, se a sua formação é Pedagogia, ou outra área de conhecimento, onde não acontece um estudo mais aprofundado da Fonética? Bem, o primeiro passo será a sua capacitação. Quando o professor se encontra totalmente despreparado, numa situação dessas, ele poderá acabar refletindo este despreparo na criança em forma de repreensão, até mesmo forçando-a a corrigir-se com estímulos inadequados, o que poderá causar a ela constrangimento e apreensão, quando, porventura, tiver que falar, ler ou escrever novamente. A posição mais acertada do professor, é se utilizar de todos as tecnologias possíveis para obter conhecimentos de Lingüística, ou, mais especificamente, no âmbito da Fonética. Como já foi dito, é a ciência que estuda a língua em suas peculiaridades. Ela poderá ajudar o docente a descobrir o que está causando esta confusão na linguagem da criança. O professor e pesquisador da área, Vicente Martins, da Universidade Estadual Vale do Acaraú, em um de seus artigos que circulam pela Internet, aborda esta problemática citando um caso de uma professora que tinha um aluno com, segundo ela, um “déficit fonológico”, e ele atribui como causa a questão da sonorização, já que, de acordo com ele “os fonemas sonoros exigem mais da criança durante a produção da consoantes, especialmente as oclusivas e fricativas”. Os argumentos utilizados no artigo citado têm pressupostos na Fonética, o que reafirma a importância de que todo educador que trabalha com a alfabetização de criança, deveria ter um bom embasamento teórico nesta área.
O estudo completo do primeiro caso citado, nos remeteria a um maior aprofundamento tanto no campo da Fonética quanto da Fonoaudiologia. No entanto, focalizar-se-á apenas algumas particularidades do caso no que se refere à substituição das consoantes oclusivas surdas (ou desvozeadas) pelas sonoras (ou vozeadas). O problema da sonorização pode sim, ser um fato gerador desse problema, como já dissertou sobre, o professor Vicente. Essa distinção sonora é ocasionada por conta da glote estar, em alguns momentos, em repouso e, em outros, em atividade de vibração. Quando o ar é solto pelo pulmão encontrará como obstáculo, logo na abertura da laringe, a glote e suas cordas vocais. Quando estas últimas estão tensas, ocorre um leve fechamento da glote e uma vibração na passagem do ar, que é, então, chamada se sonora. Se as cordas vocais estiverem relaxadas, o ar passará tranqüilamente, dando-se ao segmento a classificação de surdo.Essa consciência fonêmica, do que é surdo e do que é sonoro, só irá acontecer se a criança for estimulada, e também será “a última consciência fonológica que ela desenvolverá na aquisição da linguagem”, segundo a fonoaudióloga Lilian Cristine Ribeiro Nascimento, mestre e doutoranda em educação pela Unicamp.
Então, voltando-se novamente para as consoantes oclusivas, a troca dos segmentos /t/ por /d/ e /p/ por /b/, pode ocorrer devido à falta de associação da criança do som com a letra. A similaridade sonora entre ambas, pode ser facilmente notada quando pronunciadas em voz compassada. Por exemplo, se ditas em voz alta e lentamente, as palavras pomba e bomba, é quase imperceptível a diferença de sons entre /p/ e /b/, nas quais, a primeira é surda e a segunda, sonora. Isso com certeza pode causar uma confusão durante o aprendizado. Em outro exemplo semelhante, podem ser ditas as palavras dedo e teto, onde também ocorrerá uma similaridade fonética entre os segmentos /t/ e /d/, onde o primeiro é surdo, e o outro, sonoro. Então, como tratar ou como estimular a criança de maneira correta para que perceba e entenda essa diferenciação quanto à sonoridade das consoantes? No artigo do professor Vicente Martins, ele dá a seguinte sugestão:
“Pedir que a criança coloque a mãozinha na garganta para sentir as vibrações ou não das cordas vogais durante a produção das consoantes sonoras (vibram) e surdas (não vibram) pode ser exercício extremamente mnemônico, eficiente e suficiente para a criança compreender as distinções entre os fonemas surdos e sonoros, e, doutra sorte, levá-la à consciência fonêmica, utilizando, para isso, e ludicamente, o próprio corpo, manto do ser e templo do espírito” (MARTINS: 2007)
Para um professor que tenha certos conhecimentos teóricos sobre Fonética, essa atividade será bastante significativa e seus resultados poderão trazer para o mesmo, uma visão mais ampla de alfabetização, e ele também terá uma posição mais profissional quando diante de outro caso parecido. Já que esta troca de letras, principalmente das oclusivas, são de certa forma comuns, sendo que, elas não ocorreram somente nos aspectos aqui tratados. Mas também poderão aparecer em outra roupagem. Por exemplo, há crianças que trocam a consoante oclusiva bilabial sonora /b/ por uma consoante também oclusiva dental e surda /d/. Só que nesta situação temos, não só uma similaridade quanto aos pontos de articulação, pois são muito próximos, mas, principalmente, a semelhança na escrita das consoantes. Muitas vezes, acontece em um ditado, o fato de a professora dizer a palavra e pra melhor ser compreendida, especificar: “/d/ de dado, ou então, /b/ de bola. É até mais uma maneira de intensificar a distinção entre as duas consoantes. Já as autoras do artigo Português: Como vencer o desafio da Alfabetização, Luzia Fonseca, Graça Branco e Elody Nunes, sugerem uma outra atividade de valor significativo na aprendizagem: que “a cada produção de texto, (o professor) informe ao aluno quantas palavras ele acertou, mas (que) evite focalizar as críticas sobre as trocas”.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
A problemática abordada vem instigar o professor a refletir sobre as limitações pedagógicas que os próprios professores impõem a si mesmos, deixando às vezes de lado o fio da meada, o ponto de partida para o ensino da língua, que básicas as noções teóricas básicas de Fonética. Não é tão comum, mas acontece com muitos educadores que, ao se depararem com esse problema da troca de consoantes oclusivas, tendem a procurar se dispersar do problema de alguma forma, se os mesmos não são capacitados para lidar com a situação. Isto pode fazer com que ela se agrave ou perdure por muito tempo, o que, com certeza, trará problemas futuros à criança. Sendo assim, reitera-se que é necessária a busca de conhecimentos sobre a área aqui tratada. As consoantes oclusivas são comumente encontradas dentro destes problemas. As informações aqui expostas poderão ajudar tratá-los e servir de base para um estudo mais audacioso das mesmas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

SILVA, Thais Cristófaro. Fonética e fonologia do português: roteiro de estudo e guia de exercícios. São Paulo: Contexto, 2002.

MARINHO, Luzia, BRANCO, Graça e MORAIS, Elody Nunes. Português: Como vencer o desafio da Alfabetização. Revista Presente. Disponível em Internet: . Acessado em: 04 de Março de 2007.
MARTINS, Vicente. Como ajudar crianças que trocam gê por chê. Disponível em: . Acessado em: 02 de Fevereiro de 2007.
NASCIMENTO, Liliane Cristine Ribeiro. Consciência Fonológica. Disponível em: http://www.neteducacao.tv.br/site/reportagem/n_artigo.asp?id=253>. Acessado em: 18 de janeiro de 2007.

Veruska M. Sousa , José Maria V. Maranhão, Mayumi P. Lopes e Rita Helena A. P. Fontenele fazem parte do Grupo de Estudos Lingüísticos e Sociais(GELSO), coordenado pelo professor Vicente Martins, da Universidade Estadual Vale do Acaraú(UVA), em Sobral, Ceará. E-mail: vicente.martins@uol.com.br

COMO AS CRIANÇAS ADQUIREM A LINGUAGEM









Maria de Lourdes da Rocha
Conceição Elane




A linguagem das crianças intriga lingüistas e estudiosos do assunto. Sendo assim crianças do século XII, por exemplo, apesar de crianças como as de hoje não brincavam com os mesmos brinquedos, nem sentiam, nem pensavam, nem se vestiam como as crianças de hoje. E, certamente as crianças deste século terão características muito diferentes das de hoje. É interessante que assim surge um questionamento: se as crianças de antigamente eram diferentes das de hoje certamente as de amanhã também serão. Por que é então interessante estudar a infância se esta muda?
Na tentativa de responder a essa questão surgiram muitas teorias. Segundo Maingueneau “a aquisição da linguagem tenta explicar entre outras coisas o fato de as crianças, por volta dos 3 anos, serem capazes de fazer o uso produtivo - de suas línguas”. Com base nisso tentarei aqui expor alguns pontos importantes de aquisição da linguagem pela criança.
Desde pequenos já existe a comunicação, mas esta não é feita por meio oral. A linguagem é um sistema de símbolos culturais internalizados, e é utilizada com o fim último de comunicação social. Assim como no caso da inteligência e do pensamento, o seu desenvolvimento passa também por períodos até que a criança chegue a utilização de frases e múltiplas palavras.
Ao nascer, a criança não entende o que lhe é dito. Somente naos poucos começa a atribuir um sentido ao que escuta. Do mesmo modo acontece com a produção da linguagem falada. O entendimento e a produção da linguagem falada evoluem.
Existem diferentes tipos de linguagem: a corporal, a falada, a escrita e a gráfica. Para se comunicar a criança utiliza, tanto a linguagem corporal ( mímica, gestos, etc.) como a linguagem falada. Lógico que ela ainda não fala, mas já produz linguagem. Vamos ver como!
O desenvolvimento da linguagem se divide em dois estádios: pré – lingüístico, quando o bebê usa de modo comunicativo os sons, sem palavras ou gramática; e o lingüístico, quando usa palavras.
No estádio pré – lingüístico a criança, de princípio, usa o choro para se comunicar, podendo ser rica em expressão emocional. Logo ao nascer este choro ainda é indiferenciado, porque nem a mãe sabe o que ele significa, mas aos poucos começa a ficar cheio de significados e é possível, pelo menos para a mãe, saber se o bebê está chorando de fome, de cólica, por estar se sentindo desconfortável, por querer colo etc. è importante ressaltar que é a relação do bebê com sua mãe, ou com a pessoa que cuida dele, que lhe dá elementos para compreender seu choro.
Além do choro, a criança começa a produzir o arrulho, que é a emissão de um som gutural, que sai da garganta, que se assemelha ao arrulho dos pombos. O balbucio ocorre de repente, por volta dos 6-10 meses, e caracteriza – se pela produção e repetição de sons de consoantes e vogais como “ma – ma – ma – ma”, que muitas vezes é confundido com a primeira palavra do bebê.
No desenvolvimento da linguagem, os bebês começam imitando casualmente os sons que ouvem, através da ecolalia. Por exemplo: os bebês repetem repetidas vezes os sons como o “da – da – da”, ou “ma – ma – ma – ma”. Por isso as crianças que tem problema de audição, não evoluem para além do balbucio, já que não são capazes de escutar.
Por volta dos 10 meses, os bebês imitam deliberadamente os sons que ouvem, deixando clara a importância da estimulação externa para o desenvolvimento da linguagem. Ao final do primeiro ano, o bebê já tem certa noção de comunicação, uma idéia de referência e um conjunto de sinais para se comunicar com aqueles que cuidam dele.
O estádio lingüístico está pronto para se estabelecer. Sendo assim, contando com a maturação do aparelho fonador da criança e da sua aprendizagem anterior, ela começa a dizer suas primeiras palavras.
A fala lingüística se inicia geralmente no final do segundo ano, quando a criança pronuncia a mesma combinação de sons para se referir a uma pessoa, um objeto, um animal ou um acontecimento. Por exemplo, se a criança disser apo quando vir a água na mamadeira, no copo, na torneira, no banheiro etc., podemos afirmar que ela já esta falando por meio de palavras. Espera – se que aos 18 meses a criança já tenha um vocabulário de aproximadamente 50 palavras, no entanto ainda apresenta características da fala pré – lingüística e não revela frustração se não for compreendida.
Na fase inicial da fala lingüística a criança costuma dizer uma única palavra, atribuindo a ela no entanto o valor de frase. Por exemplo, diz ua, apontando para porta de casa, expressando um pensamento completo; eu quero ir pra rua. Essas palavras com valor de frases são chamadas holófrases.
A partir daqui acontece uma “explosão de nomes”, e o vocabulário cresce muito. Aos 2 anos espera – se que as crianças sejam capazes de utilizar um vocabulário de mais de cem palavras.
Entre os 2 e 3 anos as crianças começam a adquirir os primeiros fundamentos de sintaxe, começando assim a se preocupar com as regras gramaticais. Usam, para tanto, o que chamamos de super – regularização, que é uma aplicação das regras gramaticais a todos os casos, sem considerar as exceções. É por isso que a criança quer comprar “pães”, traze – los nas “mães”. Aos 6 anos a criança fala utilizando frases longas, tentando utilizar corretamente as normas gramaticais.
Chomsky defende a idéia de que a estrutura da linguagem é, em grande parte, especificada biologicamente (nativista). Skinner afirma que a linguagem é aprendida inteiramente por meio de experiência (empirista). Piaget consegue chegar mais perto de uma compreensão do desenvolvimento da linguagem que atenda melhor a realidade observada. Segundo ele tanto o biológico quanto as interações com o mundo social são importantes para o desenvolvimento da linguagem (interacionista).
Dentro da óptica interacionista, da qual Piaget é adepto, o aparecimento da linguagem seria decorrência de algumas das aquisições do período sensório – motor, já que ela adquiriu a capacidade de simbolizar ao final daquele estádio de desenvolvimento da inteligência. Soma – se a isso a capacidade imitativa da criança. As primeiras palavras são intimamente relacionadas com os desejos me ações da criança.
O egocentrismo da criança pré – operatório também se faz presente na linguagem que ela exibi. Desse modo, ela usa frequentemente a fala egocêntrica, ou privada, na qual fala sem nenhuma intenção muita clara de realmente se comunicar com o outro, centrada em sua própria atividade. É como se a criança falasse em voz alta para si mesma. Contudo ela também usa a linguagem socializada, que tem como objetivo se fazer entendida pelo interlocutor.
Já de acordo com Vygostisky “não basta apenas que a criança esteja ‘exposta’ à interação social, ela deve estar ‘pronta’, no que se refere à maturação, desenvolver o (s) estágio (s) para compreender o que a sociedade tem para lhe transmitir:
• sensório – motor, de 0 a 18/24 meses, que precede a linguagem;
• pré – operatório, de 1;6/2 anos a 7/8 anos, fase das representações, dos símbolos;
• operatório – concreto, de 7/8 a 11/12 anos, estágio da construção da lógica;
• operatório – formal, de 11/12 anos em diante, fase em que a criança raciocina, deduz, etc. “

Para fazer uma síntese do que torna fácil ou difícil de aprender para a criança, apresentamos o quadro abaixo:

A LÍNGUA É FÁCIL QUANDO A LÍNGUA É DIFÍCIL QUANDO
É real e natura É artificial
É integral É dividida em pedaços
Faz sentido Não faz sentido
É interessante É chata e desinteressante
Faz parte de um acontecimento social Esta fora de um contexto
Tem utilidade social Não possui valor social
Tem propósito para a criança Não tem finalidade para a criança
A criança a utiliza por opção É imposta por outra pessoa


Após essas considerações esperamos ter ajudado a compreender um pouco mais da complexidade que é o mundo da fala infantil.

Seria importante apenas ressaltar o quanto os estudos contribuíram para as diferentes contribuições no âmbito dos estudos da fala infantil. O quanto as crianças conseguem antes mesmo de 1 ano transmitir a noção de fala. Bem como todo o processo vivido por ela no intervalo de tempo de zero a 6 anos.
É digno de nota as idéias de Chomsky, Piaget e Skinner, bem como Vygostisky que muito contribuíram para o aperfeiçoamento de nosso estudo. Esperamos que o referido artigo possa contribuir para aprofundamento de estudos nesse assunto.

Referências Bibliográficas

SAMPAIO, Fátima Silva. Linguagem na Educação Infantil. Fortaleza, SEDUC, 2003 pp. 12 – 18.
FARIAS, Maria Cílvia Queiroz. Linguagem na Educação Infantil. Fortaleza, SEDUC, 2003 pp. 12 – 18.
FROTA, Ana Maria Monte Coelho. Formação de educadores infantis Desenvolvimento Infantil: a criança de 0 a 6 anos. IMEPH pp. 19 – 21.
DEL RÉ, Alessandra. Aquisição da Linguagem. São Paulo, 2006. pp. 13 – 44.

Janieri de Sousa Oliveira, Maria de Lourdes da Rocha e Conceição Elane fazem parte do Núcleo de Estudos de Aquisição da linguagem, sob a coordenação do professor Vicente Martins, da Universidade Estadual Vale do Acaraú(UVA), em Sobral, Estado do Ceará. E-mail: vicente.martins@uol.com.br



DICIONÁRIO DE TERMOS LINGUÍSTICOS RELACIONADOS COM AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM - VICENTE MARTINS

Compilação de Vicente Martins a partir de
MATEUS, Maria Helena Mira e XAVIER, Maria Francisca. Dicionário de termos lingüísticos. 1ª ed. Lisboa: Cosmos, 1992.


2652 $ Makaton

Termos Relacionados:
2523 sistema gestual

Classificação:
Psicolinguística

Definição:
Trata-se de uma linguagem gestual construída por Margeret Walker, em 1977, para adultos deficientes mentais. Contém cerca de trezentos e cinquenta vocábulos inseridos em nove estádios de desenvolvimento e é a única linguagem gestual que segue de perto a aquisição normal do vocabulário. A aprendizagem desta linguagem aumenta o contacto ocular, a atenção, a sociabilidade, a vocalização e a linguagem expressiva. Longe de interferir na aquisição da fala e da linguagem,pode mesmo encorajá-la.

Fonte: MORRIS (1988).

2846 $ afasia em bilingues

I bilingual aphasia

Termos Relacionados:
2455 afasia
402 bilinguismo
2893 lateralização nos bilingues
2925 teste de afasia para bilingues

Classificação:
Psicolinguística

Definição:
Situação em que um sujeito bilingue sofre de afasia. O estudo de afásicos que
dominavam mais do que uma língua antes de sofrerem lesão cerebral constitui uma das áreas privilegiadas da investigação em neurolinguística, permitindo estudarva representação cerebral do processamento da linguagem. Existem vários esquemasde recuperação da linguagem pelos afásicos bilingues tanto em função da altura edo modo de aquisição/aprendizagem da(s) língua(s) que vieram a perder, como emfunção do nível do seu domínio ou das características linguísticas próprias decada idioma. O teste de afasia para bilingues - BAT - de M. Paradis (1987)constitui um instrumento normalizado para a sua avaliação.

Fonte: PARADIS (1987).



2850 $ aprendizagem

I learning

Classificação:
Psicolinguística

Definição:
Conceito que relaciona a aquisição da linguagem com períodos óptimos de
maturação fisiológica para tratamento dos dados linguísticos. A aprendizagem da
língua está ligada a condições ambientais que são necessárias à aquisição da
linguagem, tais como processos de imitação, de reforço ou, ainda, às leis de
estímulo-resposta-recompensa.

Fonte: CLARK & CLARK (1977).



2851 $ aquisição bilingue

I bilingual aquisition

Termos Relacionados:
2852 aspectos cognitivos do bilinguismo
402 bilinguismo
1961 língua materna

Classificação:
Psicolinguística

Definição:
Aquisição simultânea de duas línguas como línguas maternas em vez de uma. Podesurgir em vários contextos, quando uma das línguas é a da comunidade e a outra ado meio familiar da criança, ou então quando os pais da criança têm cada um oseu idioma. Uma criança que adquire a linguagem nestas condições começa por terum sistema linguístico único, composto por elementos morfossintácticos,semânticos e fonéticos que pertencem a ambas as línguas e que, por volta doquarto ano de vida, acaba por diferenciar-se, dando origem a dois sistemasseparados, correspondentes às duas línguas em aquisição. A criança apresenta umsaber metalinguístico desenvolvido e uma apurada capacidade de tradução.

Fonte: MENYUK (1988) / CRYSTAL (1987).



2683 $ aquisição da linguagem

I language acquisition
F aquisition du langage

Termos Relacionados:
1961 língua materna
2920 teoria cognitivista de aquisição de linguagem
2923 teoria inatista de aquisição de linguagem
2981 teorias de aquisição e desenvolvimento da linguagem

Classificação:
Psicolinguística

Definição:
Processo através do qual o indivíduo aprende a sua língua materna, adquirindo as
regras de funcionamento dessa língua por simples exposição à sua utilização no
contexto em que está inserido. A aquisição da linguagem tem sido explicada
através de várias teorias.

2852 $ aspectos cognitivos do bilinguismo

I cognitive aspects of bilingualism

Termos Relacionados:
2851 aquisição bilingue
2683 aquisição da linguagem
402 bilinguismo

Classificação:
Psicolinguística

Definição:
O relacionamento entre a linguagem e a cognição tem sido discutido no caso dos
bilingues e, em especial, na aquisição bilingue. Estudos experimentais
efectuados nas últimas décadas mostraram que as crianças bilingues não
apresentam desvantagens cognitivas por terem competência em duas línguas em vezde uma, mostrando-se, até, superiores ao nível do metaprocessamento e do sabermetalinguístico. O nível de conhecimento de cada uma das línguas podeinfluenciar o modo como a criança processa a linguagem, sendo ele própriodependente não apenas de aspectos cognitivos, mas, em larga medida, de factoresde carácter socioeconómico.

Fonte: HORNBY (1977) / LAMBERT (1977).



2592 $ atraso fonológico

I phonological delay

Termos Relacionados:
2683 aquisição da linguagem
2593 atraso na articulação

Classificação:
Psicolinguística

Definição:
Considera-se que existe um atraso fonológico quando a criança consegue produziro som mas não o coloca na posição correcta na palavra. O atraso fonológico nãodeve ser confundido com atraso na articulação de sons de fala.

Fonte: MORRIS (1988).


2594 $ atraso na fala

I language delay

Termos Relacionados:
2684 testes de aquisição e desenvolvimento da linguagem

Classificação:
Psicolinguística

Definição:
Constitui um dos problemas mais comuns nas crianças na fase de aquisição da
linguagem. A criança produz linguagem de uma criança abaixo da sua idade
cronológica. O terapeuta utiliza formas de avaliação como o RDLS ou o DLS para
saber a profundidade do atraso. O atraso na fala pode ser causado, nomeadamente, por perda de audição, perturbações mentais, lesões visuais, graves distúrbios emocionais importantes problemas neurológicos e privações ambientais. Isto diferencia estas crianças das que sofrem de SDLD que não devem manifestar nenhum dos aspectos acima referidos.

Fonte: MORRIS (1988).


3049 $ autodicionário

F auto-dictionnaire

Sinónimos:
3050 autodicionário personalizado

Termos Relacionados:
3082 concordancier
3109 dicionário

Classificação:
Lexicologia

Definição:
Dicionário organizado, parcialmente ou com a ajuda de outros dicionários, pelo
indivíduo, de modo a responder às suas necessidades específicas de
aquisição/aprendizagem de vocabulário.

Fonte: GALISSON (1980).


3050 $ autodicionário personalizado

F auto-dictionnaire

Sinónimos:
3049 autodicionário

Termos Relacionados:
3082 concordancier
3109 dicionário

Classificação:
Lexicologia

Definição:
Dicionário organizado, parcialmente ou com a ajuda de outros dicionários, pelo
indivíduo, de modo a responder às suas necessidades específicas de
aquisição/aprendizagem de vocabulário.

Fonte: GALISSON (1980).

2599 $ avaliação da linguagem, técnicas de compensação e diagnóstico

Ab $ LARSP
I LARSP
language assessement, remediation and screening proce- dures

Termos Relacionados:
2648 linguagem expressiva
2503 perfis linguísticos
2684 testes de aquisição e desenvolvimento da linguagem

Classificação:
Psicolinguística

Definição:
Método de avaliação elaborado por David Crystal em 1976 para descobrir a
extensão da linguagem expressiva da criança. Mostra como é que a criança
organiza a sua linguagem, quais os estádios da aquisição da linguagem que foram atingidos pela criança, bem como a forma como a criança interage com o terapeuta. Não existem regras para fazer a avaliação. Obtém-se uma gravação de 30 minutos da sessão, discussão, descrição de imagens, conversação livre ou uma combinação de todas estas. A gravação é analisada e as estruturas gramaticais sintetizadas num folheto de perfil. Qualquer atraso no desenvolvimento gramatical da criança pode ser descoberto e as estruturas que faltam podem ser ensinadas à criança.

Fonte: MORRIS (1988).


2855 $ bilinguismo aditivo

I additive bilingualism
F bilinguisme aditif

Termos Relacionados:
402 bilinguismo
2856 bilinguismo com subalternização

Classificação:
Psicolinguística
Sociolinguística

Definição:
Tipo de bilinguismo que se caracteriza pela aquisição de duas línguas
socialmente reconhecidas como úteis e prestigiadas. Situação oposta à do
bilinguismo com subalternização. A distinção entre estes dois tipos de
bilinguismo foi introduzida por Lambert (1977).

Fonte: LAMBERT (1977).



2856 $ bilinguismo com subalternização

I subtractive bilingualism
F bilinguisme subtractif

Termos Relacionados:
2853 biculturalismo
402 bilinguismo
2855 bilinguismo aditivo

Classificação:
Psicolinguística
Sociolinguística

Definição:
Tipo de bilinguismo em que a aquisição de uma língua nova com grande prestígio
social ameaça a língua adquirida anteriormente, procurando dominá-la ou
substituí-la. Esta situação pode ser acompanhada por uma situação em que a
cultura da língua dominante ameaça a existência da língua dominada e a
identidade étnica a ela ligada. Situação oposta ao do bilinguismo aditivo. A
distinção entre estes dois tipos de bilinguismo foi introduzida por Lambert
(1977).

Fonte: LAMBERT (1977).



405 $ bilinguismo composto

I compound bilingualism

Sinónimos:
406 bilinguismo interdependente

Termos Relacionados:
2683 aquisição da linguagem
402 bilinguismo
407 bilinguismo coordenado

Classificação:
Psicolinguística
Sociolinguística

Definição:
Tipo de bilinguismo em que as duas línguas são consideradas apenas como dois modos diferentes de expressão, correspondentes a uma única rede semântica subjacente, assim como a um sistema de representação proposicional para a memória semântica. Costuma ser associado a períodos e contextos comuns de aquisição. Assim, por exemplo, falamos de bilinguismo composto nas sociedades multilingues, onde os indivíduos aprendem simultaneamente e de modo análogo as línguas do meio em que vivem. Conceito contrário ao do bilinguismo coordenado. A distinção entre estes dois tipos de bilinguismo foi introduzida por Weinreich em 1953, tendo sido objecto de discussão desde essa altura.

Fonte: HORNBY (1977).


407 $ bilinguismo coordenado

I coordinate bilingualism

Sinónimos:
408 bilinguismo independente

Termos Relacionados:
2683 aquisição da linguagem
402 bilinguismo
405 bilinguismo composto

Classificação:
Psicolinguística
Sociolinguística

Definição:
Tipo de bilinguismo em que as duas línguas do indivíduo bilingue correspondem a
dois sistemas semânticos diferentes e separados, assim como a dois sistemas de representação proposicional para a memória semântica. Costuma ser associado a tipos de contextos e períodos de aquisição diferentes. Assim, por exemplo, trata-se de bilinguismo coordenado (ou independente) no caso de emigrantes portugueses nos Estados Unidos que aprendem português na infância e inglês na idade adulta. Este conceito é contrário ao de bilinguismo composto. A distinção entre estes dois tipos de bilinguismo foi introduzida por Weinreich em 1953, tendo sido objecto de discussão desde essa altura.

Fonte: HORNBY (1977).



2858 $ bilinguismo diferencial

I non-balanced bilingualism

Termos Relacionados:
402 bilinguismo
2860 bilinguismo equilibrado
2918 semilinguismo

Classificação:
Psicolinguística
Sociolinguística

Definição:
Tipo de bilinguismo em que o processo de aquisição e desenvolvimento de duas línguas não decorreu à semelhança do processo de aquisição de uma única língua materna, o que pressupõe que, pelo menos numa das linguas, a competência comunicativa e gramatical não seja comparável com a do monolingue nativo. Pode levar a semilinguismo. Conceito contrário ao do bilinguismo equilibrado. A distinção entre estes dois conceitos foi introduzida por Lambert et alii (1959).

Fonte: HORNBY (1977) / LAMBERT et alii (1959).


2860 $ bilinguismo equilibrado

I balanced bilingualism

Termos Relacionados:
402 bilinguismo
2858 bilinguismo diferencial

Classificação:
Psicolinguística
Sociolinguística

Definição:
Tipo de bilinguismo que pretende referir um processo simultâneo e equivalente de
aquisição e desenvolvimento de duas línguas à semelhança do processo de
aquisição de uma única língua materna, e em que se pressupõe uma competência comunicativa e gramatical comparável à do monolingue. Este conceito é mais ideal do que real, já que a maioria dos indivíduos fluentes em ambas as línguas se sente, provavelmente, mais à vontade numa delas do que noutra, consoante a situação, contexto, alocutário, etc. Situação oposta à do bilingüismo diferencial. A distinção entre estes dois conceitos foi introduzida por Lambert et alli (1959).

Fonte: HORNBY (1977) / LAMBERT et alii (1959).



408 $ bilinguismo independente

I independent bilingualism

Sinónimos:
407 bilinguismo coordenado

Termos Relacionados:
2683 aquisição da linguagem
402 bilinguismo
405 bilinguismo composto

Classificação:
Psicolinguística
Sociolinguística

Definição:
Tipo de bilinguismo em que as duas línguas do indivíduo bilingue correspondem a
dois sistemas semânticos diferentes e separados, assim como a dois sistemas de representação proposicional para a memória semântica. Costuma ser associado a tipos de contextos e períodos de aquisição diferentes. Assim, por exemplo, trata-se de bilinguismo coordenado (ou independente) no caso de emigrantes portugueses nos Estados Unidos que aprendem português na infância e inglês na idade adulta. Este conceito é contrário ao de bilinguismo composto. A distinção entre estes dois tipos de bilinguismo foi introduzida por Weinreich em 1953, tendo sido objecto de discussão desde essa altura.

Fonte: HORNBY (1977).


406 $ bilinguismo interdependente

I interdependent bilingualism

Sinónimos:
405 bilinguismo composto

Classificação:
Psicolinguística
Sociolinguística

Definição:
Tipo de bilinguismo em que as duas línguas são consideradas apenas como dois modos diferentes de expressão, correspondentes a uma única rede semântica subjacente, assim como a um sistema de representação proposicional para a memória semântica. Costuma ser associado a períodos e contextos comuns de aquisição. Assim, por exemplo, falamos de bilinguismo composto nas sociedades multilingues, onde os indivíduos aprendem simultaneamente e de modo análogo as línguas do meio em que vivem. Conceito contrário ao do bilinguismo coordenado. A distinção entre estes dois tipos de bilinguismo foi introduzida por Weinreich em 1953, tendo sido objecto de discussão desde essa altura.

Fonte: HORNBY (1977).




2618 $ escala de dificuldade no acesso ao léxico

I word-finding difficutty scale

Termos Relacionados:
2684 testes de aquisição e desenvolvimento da linguagem

Classificação:
Psicolinguística

Definição:
Concebida por Renfrew em 1968 (e revista em 1977), testa a utilização adequada de vocabulário por parte de crianças entre os três e os oito anos. O terapeuta deve considerar todas as variantes dialectais de pronúncia e ignorar erros articulatórios desde que a criança tenha como finalidade proferir a palavra
correcta.

Fonte: MORRIS (1988).



2620 $ escalas de desenvolvimento de linguagem de Reynell

Ab $ RDLS
I RDLS
Reynell developmental language scales

Termos Relacionados:
2648 linguagem expressiva
2684 testes de aquisição e desenvolvimento da linguagem

Classificação:
Psicolinguística

Definição:
Elaborado por Reynell em 1960 (revisto em 1977), é um método de avaliação formal aferido para avaliar o desenvolvimento da criança ao nível da linguagem expressiva e da compreensão. Apesar de poder ser utilizado em crianças com idades compreendidas entre um e sete anos, é mais eficiente para avaliar crianças com idades entre um e cinco anos. Também pode ser usado em crianças física e visualmente deficientes, como em crianças que tenham sofrido uma perda da audição. A classificação bruta nos testes de linguagem expressiva e de compreensão pode ser convertida numa classificação standard ou aferida de onde pode ser derivada uma classificação de equivalência etária.

Fonte: MORRIS (1988).


2667 $ extensão abusiva

I overextension

Sinónimos:
2640 hiperextensão

Termos Relacionados:
2683 aquisição da linguagem
2637 generalização abusiva

Classificação:
Psicolinguística

Definição:
No 'estádio das duas palavras' da aquisição da linguagem podem ocorrer extensões abusivas. A criança aprende uma palavra nova, mas pode só reconhecer algum aspecto particular da mesma, por exemplo, forma, movimento, tamanho, som, textura e, por vezes, sabor; assim, quando vê um objecto semelhante, usa o mesmo nome. Por exemplo, ela pode chamar "cão" a todos os animais com quatro patas e uma cauda, porque o primeiro animal que viu com estas características foi um cão.

Fonte: MORRIS (1988).

2624 $ extensão média do enunciado

Ab $ MLU
I MLU
mean length of utterance

Classificação:
Psicolinguística

Definição:
Teoria usada na aquisição da linguagem proposta por Brown que compara as idades das crianças com a extensão dos enunciados medidos pelo número de morfemas. Estes dão uma ideia mais precisa sobre a complexidade do enunciado do que a contagem de palavras. Uma vez que o processo de aquisição é tão variado entre as crianças, a idade não constitui um bom guia de desenvolvimento. A extensão média de enunciado, por seu turno, é um bom guia acerca do desenvolvimento gramatical da criança. Em crianças que sofrem de distúrbios na linguagem este procedimento pode revelar desajustes entre a ordem de aquisição de uma criança e a ordem de aquisição normal. É ainda importante para mostrar o grau de atraso que uma criança pode ter.

Fonte: MORRIS (1988).


2834 $ fala dos pais

I baby talk
parental speech

Sinónimos:
2631 falar bebé

Classificação:
Psicolinguística

Definição:
Fenómeno característico da aquisição da linguagem que se refere ao emprego
especial de uma linguagem simplificada utilizada pela mãe na comunicação com o filho, por exemplo, "popó" = "carro", "mamã" = "mãe", "ão-ão" = "cão", etc. A
criança, à medida que a sua linguagem se vai desenvolvendo, começa a utilizar
frases formadas por dois elementos como, por exemplo, "papa não" = "não quero comer a papa". A mãe parece saber intuitivamente em que nível colocar a sua linguagem para ficar sempre um passo à frente da criança, encorajando-a a passar à etapa seguinte. Considerado por outros autores como sinónimo de "maternalês".

Fonte: MORRIS (1988).


2887 $ fala infantil

I infantile speech

Classificação:
Psicolinguística

Definição:
Produção de uma criança que usa um tipo de fala considerada mais adequada para crianças de nível etário inferior. Pensa-se que, apesar do processo revelar um certo atraso em relação à cronologia da aquisição da linguagem, a sequência de aquisição nestas crianças é a mesma que nas crianças que seguem o processo normal.

Fonte: MENYUK (1969).


2888 $ falante nativo

I native speaker

Termos Relacionados:
2854 bilingue
402 bilinguismo
1961 língua materna
2037 língua nativa

Classificação:
Psicolinguística

Definição:
Termo que refere o indivíduo cujo processo de aquisição e desenvolvimento da
linguagem ocorreu no âmbito de uma dada língua natural que é a sua língua
materna. Este conceito costuma funcionar como ponto de referência do domínio
ideal de uma língua, em função do qual se define a posição do indivíduo no
contínuo bilingue.

Fonte: HORNBY (1977) / CRYSTAL (1987).



2631 $ falar bebé

I baby talk

Sinónimos:
2834 fala dos pais

Termos Relacionados:
2981 teorias de aquisição e desenvolvimento da linguagem

Classificação:
Psicolinguística

Definição:
Fenómeno característico da aquisição da linguagem que se refere ao emprego
especial de uma linguagem simplificada utilizada pela mãe na comunicação com o filho, por exemplo, "popó" = "carro", "mamã" = "mÁe", "ão-ão" = "cão", etc. A
criança, à medida que a sua linguagem se vai desenvolvendo, começa a utilizar
frases formadas por dois elementos como, por exemplo, "papa não" = "não quero comer a papa". A mÁe parece saber intuitivamente em que nível colocar a sua linguagem para ficar sempre um passo à frente da criança, encorajando-a a passar à etapa seguinte. Considerado por outros autores como sinónimo de "maternalês".

Fonte: MORRIS (1988).

-
2637 $ generalização abusiva

I overgeneralization

Termos Relacionados:
2640 hiperextensão
2981 teorias de aquisição e desenvolvimento da linguagem

Classificação:
Psicolinguística

Definição:
Processo que ocorre durante o estádio da aquisição da linguagem em que a criança aprende a utilizar funções sintácticas, por exemplo, a flexionar verbos e nomes.Assim, a forma regular para formar a primeira pessoa do pretérito perfeito dos verbos da segunda conjugação em português é comer * comi. No entanto, há verbosque não seguem este modelo (fazer). Logo que a criança aprende a utilizar a forma regular de flexionar estes verbos, ela tende a generalizar abusivamente o seu uso às formas irregulares, ou seja, tende a produzir fazer *fazi.

Fonte: MORRIS (1988).



2638 $ gramática pivot

I pivot grammar

Termos Relacionados:
2683 aquisição da linguagem

Classificação:
Psicolinguística

Definição:
Sistema gramatical proposto por Braine nos anos 60. Braine descobriu que, quando as crianças estão a adquirir uma língua, produzem frases que contêm palavras repetidas numa determinada posição, enquanto outras palavras são usadas com menor frequência. Ao primeiro processo chama-se palavra-pivot, ao último, classe aberta de palavras. Este sistema foi utilizado para explicar o estádio de duas palavras na aquisição da linguagem.

Fonte: MORRIS (1988).


2640 $ hiperextensão

I overextension

Sinónimos:
2667 extensão abusiva

Termos Relacionados:
2637 generalização abusiva
2641 hipoextensão
2981 teorias de aquisição e desenvolvimento da linguagem

Classificação:
Psicolinguística

Definição:
No 'estádio das duas palavras' da aquisição da linguagem podem ocorrer extensõesabusivas. A criança aprende uma palavra nova, mas pode só reconhecer algumaspecto particular da mesma, por exemplo, forma, movimento, tamanho, som,textura e, por vezes, sabor; assim, quando vê um objecto semelhante, usa o mesmonome. Por exemplo, ela pode chamar "cão" a todos os animais com quatro patas euma cauda, porque o primeiro animal que viu com estas características foi umcão.

Fonte: MORRIS (1988).


2557 $ história do autocarro

I bus story

Termos Relacionados:
2684 testes de aquisição e desenvolvimento da linguagem

Classificação:
Psicolinguística

Definição:
Técnica da autoria de Catherine Renfrew, de 1969, destinada a testar o emprego
da fala contínua pelas crianças. Outros testes, tais como o RDLS, testam apenas
a compreensão e o emprego de palavras, sintagmas e frases. A história do
autocarro pode ser utilizada com as crianças entre os três e os oito anos. A
criança, com base num livro de imagens, com quatro páginas e com três
ilustrações em cada página, é levada a contar uma história de "um autocarro mal
comportado". Neste teste podem obter-se dois tipos de resultados: um é relativo
à extensão das frases e o outro à informação fornecida.

Fonte: MORRIS (1988).

2643 $ índice de Aston

I Aston Index

Termos Relacionados:
2684 testes de aquisição e desenvolvimento da linguagem

Classificação:
Psicolinguística

Definição:
Trata-se de um conjunto de testes, elaborado por Newton e Thomson em
Birmingham,destinado a diagnosticar na aula os jovens entre os cinco e os
catorze anos.O conjunto reparte-se por dois níveis:o primeiro destinado a
crianças entre os cinco e os seis anos e o segundo para crianças de idades
superiores. É formado por dois grupos de testes. O primeiro inclui seis testes
destinados a medir a capacidade geral permitindo a obtenção de valores de
equivalência etária; o segundo é composto por dez testes de desempenho para
medição da capacidade necessária para aprender a ler e escrever. Os resultados
de cada um dos grupos são introduzidos num diagrama. Assim, o terapeuta podeverificar o atraso no desenvolvimento e as dificuldades mais significativas quea criança possa ter.

Fonte: MORRIS (1988).


2644 $ índice de Porch de capacidades comunicativas

Ab $ PICA
I PICA
Porch index of communicative abilities

Classificação:
Psicolinguística

Definição:
Método de avaliação formal construído por Porch em 1967 para testar a função dalinguagem dos afásicos. O sistema de Porch baseiase em quatro variáveis: 1)capacidades de resposta por parte do paciente; 2) precisão da resposta do
paciente; 3) prontidão da resposta; 4) eficiência da resposta, i. e., evidência
do atraso motor. Um teste deste género proporciona ao terapeuta um registo
extremamente detalhado da produção de cada doente.

Fonte: MORRIS (1988).

2645 $ índice de Porch de capacidades comunicativas em crian-ças

Ab $ PICAC
I PICAC
Porch index of communicative abilities in children

Termos Relacionados:
2614 distúrbio específico de desenvolvimento da linguagem
2644 índice de Porch de capacidades comunicativas
2684 testes de aquisição e desenvolvimento da linguagem

Classificação:
Psicolinguística

Definição:
Método de avaliação elaborado por Porch em 1971. Este método foi projectado para ser aplicado em crianças com dificuldades de aprendizagem que requerem educação especial e que sofrem de SDLD. Possui duas escalas, uma para idades compreendidas entre os dois e os seis anos e outra para idades entre os seis e os doze anos. Tal como com o PICA, Porch só estava interessado com a comunicação da criança, e não necessariamente com aspectos linguísticos e fonológicos da fala da criança. A base deste teste é idêntica ao PICA, bem como o sistema de resultados.

Fonte: MORRIS (1988).


441 $ interlíngua

I interlanguage

Classificação:
Sociolinguística

Definição:
Cada uma das gramáticas construídas por um indivíduo no processo de aquisição deuma língua-alvo.

Fonte: APPEL & MUYSKEN (1987).


2651 $ linguagem viva

I living language

Termos Relacionados:
2684 testes de aquisição e desenvolvimento da linguagem

Classificação:
Psicolinguística

Definição:
Concebida por Locke, trata-se de uma forma de tratamento para crianças que
sofrem de atraso na linguagem,que pode ser utilizada com crianças desde a idadepré-escolar até aos dezasseis anos. Foi pensada para ajudar as crianças adesenvolver, normalmente, o uso da linguagem expressiva. Está dividida em trêspartes: 1) fase pré-verbal; 2) fase da produção das primeiras palavras; 3) relaçãode ordem de palavras. Estas três divisões supõem uma relação com os níveis principais da aquisição da linguagem.

Fonte: MORRIS (1988).

2899 $ multilingue

I multilingual
F plurilingue

Sinónimos:
2900 plurilingue

Termos Relacionados:
2898 monolingue
404 multilinguismo

Classificação:
Sociolinguística
Psicolinguística

Definição:
Indivíduo que apresenta competência comunicativa e gramatical em mais de duas
línguas. Condição contrária à do monolingue, por vezes designado por poliglota,
embora, em princípio, cada um dos termos - multilingue e poliglota - se refira a
sujeitos cuja aquisição/aprendizagem ocorreu de modos diferentes e em alturas
distintas.

Fonte: CRYSTAL (1987).


2501 $ perfil em semântica

I profile in semantics

Classificação:
Psicolinguística

Definição:
Perfil elaborado por Crystal em 1982 para analisar o uso que a criança faz da
semântica. É o perfil que continua em estado experimental dada a pouca
investigação que tem sido desenvolvida na aquisição da semântica. O perfil é
baseado na aquisição de semântica/gramática e de semântica/léxico e é
constituído por dois elementos de análise. Prism-G é um folheto de três páginas
que analisa a relação entre significado e elementos gramaticais de uma frase.
Prism-L possui uma análise de dezasseie páginas dada a quantidade de vocabulário que tem de cobrir. É possível utilizar um folheto sem o outro, no entanto, se os dois forem utilizados em conjunto, obtém-se uma análise detalhada do sistema semântico da criança.

Fonte: MORRIS (1988).



2900 $ plurilingue

I multilingual
F plurilingue

Sinónimos:
2899 multilingue

Termos Relacionados:
2898 monolingue
404 multilinguismo

Classificação:
Sociolinguística
Psicolinguística

Definição:
Indivíduo que apresenta competência comunicativa e gramatical em mais de duaslínguas. Condição contrária à do monolingue, por vezes designado por poliglota, embora, em princípio, cada um dos termos - multilingue e poliglota - se refira a sujeitos cuja aquisição/aprendizagem ocorreu de modos diferentes e em alturas distintas.

Fonte: CRYSTAL (1987).

2055 $ pós-pidgin

I post-pidgin

Termos Relacionados:
416 contínuo pós-pidgin
414 pidgin
2053 pidgin estável
2054 pidgin expandido
2024 pré-pidgin

Classificação:
Sociolinguística

Definição:
Fase de desenvolvimento de um pidgin que volta a ser fortemente influenciado
pela língua lexificadora.

Fonte: MUHLHAUSLER (1986).


896 $ poder

I power

Termos Relacionados:
852 classificação
853 enquadramento

Classificação:
Sociolinguística

Definição:
Cada posição na divisão social do trabalho é função das relações entre posições.
Tais relações são dadas pelo grau de insularidade. O grau de insularidade define
e regula o grau de especialização de uma posição. A distribuição de poder
mantém-se a si própria pela manutenção do grau de insularidade apropriado entre
as categorias de divisão social do trabalho que ela legitima. Poder e controlo
são transformados em regras de comunicação e interpretação legítimas através da
aquisição de valores de classificação e de enquadramento.

Fonte: BERNSTEIN (1987).



2909 $ programa bilingue

I bilingual program
bilingual programme

Termos Relacionados:
2853 biculturalismo
402 bilinguismo
2878 educação bilingue

Classificação:
Psicolinguística

Definição:
Programa educacional no âmbito da educação bilingue, cujo objectivo é a
aquisição de línguas, assim como de conhecimentos e capacidades que identificam
as suas culturas. Os programas bilingues podem visar a manutenção da língua
materna minoritária ou a sua transição para a língua da maioria linguística.

Fonte: MENYUK (1988) / CRYSTAL (1987).

2912 $ programa de imersão

I immersion program

Termos Relacionados:
402 bilinguismo
2878 educação bilingue

Classificação:
Psicolinguística

Definição:
Tipo de educação bilingue introduzido pela primeira vez no Quebeque nos anos 60.Trata-se de um programa de educação efectuado numa sociedade bilingue, em que a escolarização de uma comunidade de minoria linguística é feita na língua da maioria por professores bilingues. Gradualmente, introduz-se o ensino paralelo na língua materna das crianças, dando sucessivamente mais destaque, quer a uma quer a outra língua. Este método foi elaborado com a intenção de permitir uma aquisição de competência linguística e cultural superior aos meios tradicionais.

Fonte: MENYUK (1988) / CRYSTAL (1987).



2979 $ pseudo-palavra

I pseudo word

Termos Relacionados:
2975 não-palavra
2983 neologia
214 neologismo

Classificação:
Psicolinguística

Definição:
Palavra que não consta do léxico de uma dada língua (no Português, por exemplo,"dango", "fanezer", "meigosa") mas que é construída de acordo com os princípios que regulam morfofonologicamente essa mesma língua. Muito utilizadas em situação experimental, as pseudo-palavras apresentam um efeito interessante a nível do processamento levando, em princípio, mais tempo a serem rejeitadas do que as não-palavras dessa mesma língua. Apesar de alguns autores parecerem não distinguir a pseudo-palavra de uma não-palavra, a distinção é pertinente pelo tipo diferenciado de efeitos no reconhecimento que ambas provocam. No seu processo de formação, as pseudo-palavras podem ser entendidas como neologismos.

Fonte: FARIA et alii (1990).



1472 $ psicolinguística

I psycolinguistics
F psycolinguistique

Classificação:
Psicolinguística

Definição:
Ramo da linguística que estuda a relação entre processos mentais e a linguagem
verbal. Essa relação implica, por uma lado, estruturas cognitivas como a
percepção, a memória, a atenção e, por outro, processos de produção que permitem ao indivíduo construir uma interpretação a partir de uma cadeia de sons e, ainda, processos e mecanismos de aquisição de uma língua natural e desenvolvimento da capacidade de linguagem. Os estudos sobre aquisição e desenvolvimento da linguagem, resultando do contributo de várias disciplinas (Psicologia do Desenvolvimento, Psicometria e Patologia da fala) para além da Linguística, desenvolveram-se paralelamente às outras áreas da Psicolinguística, e de modo consistente ao longo do tempo.

Fonte: CLARK & CLARK (1977) / GARNHAM (1985) / NEWMEYER (ed.)(1988)

3231 $ repartição

F répartition

Termos Relacionados:
3145 frequência

Classificação:
Lexicologia

Definição:
Critério que permite verificar a estabilidade de frequência, determinando a
presença ou ausência de cada fenómeno linguístico estudado em cada subconjunto
do corpus analisado.

Fonte: GALISSON & COSTE (1976).



2916 $ representação de palavras pela criança

I child-based representation of words

Classificação:
Psicolinguística

Definição:
Expressão que caracteriza a forma de representação das palavras pela criança até esta conseguir aproximar a sua articulação da do adulto. Duas hipóteses tentam explicar a formação dessa representação: a primeira considera que a criança fundamenta a sua representação de uma palavra naquilo que percepciona quando ouve um adulto pronunciá-la; a segunda sustenta que a criança apenas representa as distinções que ela própria pode produzir num determinado estádio de aquisição.

Fonte: CLARK & CLARK (1977).



2922 $ teoria behaviorista de aquisição de linguagem

I SRR

Sinónimos:
2921 teoria estímulo-resposta-reforço

Classificação:
Psicolinguística

Definição:
Teoria que vigorou sobretudo nos anos 50 tanto no domínio da psicologia como no
domínio da linguística. Do ponto de vista linguístico, estão associados a esta
teoria nomes como Skinner (1957), Osgood (1966) e White (1970). A teoria parte
do pressuposto de que o processo de aprendizagem consiste numa cadeia de
estímulo-resposta-reforço. O ambiente fornece os estímulos - neste caso
estímulos linguísticos - e a criança fornece as respostas - tanto pela
compreensão como pela produção linguística. A criança pode ser posteriormente
recompensada, reforçada na sua produção pelos adultos que a rodeiam.

Fonte: MENYUK (1988).



2920 $ teoria cognitivista de aquisição de linguagem

I cognitivist theory

Termos Relacionados:
2921 teoria estímulo-resposta-reforço
2923 teoria inatista de aquisição de linguagem

Classificação:
Psicolinguística

Definição:
Teorias geralmente baseadas em Piaget, que se tornaram frequentes nos anos 70 e 80, e surgiram em parte por reacção à teoria inatista. Para Piaget os
desenvolvimentos linguístico e não linguístico estão dependentes do crescimento
do pensamento lógico, processado em sequência inata e fixa de estádios - quase
exclusivamente humanos embora em interacção com o meio. O desenvolvimento do conhecimento do mundo em geral tem lugar previamente, e só depois é projectado em categorias e relações linguísticas por associação - o que é dito é a representação semântica de objectos e acontecimentos, sendo esta categoria adquirida antes de outros aspectos linguísticos.

Fonte: MENYUK (1988).


2923 $ teoria inatista de aquisição de linguagem

I inatist theory

Termos Relacionados:
2945 gramática generativa
2944 gramática transformacional
2920 teoria cognitivista de aquisição de linguagem
2921 teoria estímulo-resposta-reforço

Classificação:
Psicolinguística

Definição:
Esta teoria surgiu nos anos 50 em oposição directa à teoria E-R-R e com ela
estão associados os trabalhos de Chomsky. A teoria advoga uma capacidade inata exclusivamente humana para a aquisição da linguagem que, através de mecanismos e funções da constituição biológica independentes da estrutura cognitiva, estabelece hipóteses pré-limitadas sobre o que é aprendido (a gramática da língua, as suas categorias e relações), despoletando a aquisição. Esta, centrada na sintaxe, consiste na testagem daquelas hipóteses pela criança. Procura-se assim explicar a universalidade do processo e da sua sequência (não obstante a variabilidade do meio, que não afecta o seu curso), a produção de formas nunca ouvidas e a rapidez do processo.

Fonte: MENYUK (1988).


2981 $ teorias de aquisição e desenvolvimento da linguagem

I theories of language acquisition and development

Classificação:
Psicolinguística

Definição:
Teorias que tentam explicar a forma como a linguagem verbal é adquirida por
qualquer criança. São factos assentes no processo de aquisição da linguagem que: 1) o desenvolvimento da linguagem se dá numa dada sequência, sendo essa sequência universal; 2) uma grande quantidade de conhecimento acerca da língua é adquirida num curto espaço de tempo; 3) qualquer criança é exposta à variação linguística; 4) uma criança produz enunciados que nunca poderia ter ouvido. Lidando de formas distintas com este conjunto de factos e não tendo capacidadeexplicativa para alguns deles, são quatro as teorias mais representativas: a teoria behaviorista ou teoria estímulo-resposta-reforço (E-R-R), a teoria inatista, a teoria cognitivista e a teoria da aprendizagem.



2534 $ teste de capacidades comunicativas do quotidiano

Ab $ CADL
I communicative abilities in daily living
CADL

Termos Relacionados:
683 acto de fala
2455 afasia
2606 comunicação funcional
955 deixis
958 interacção
2502 perfis de comunicação
2522 sistemas alternativos de comunicação

Classificação:
Psicolinguística

Definição:
Trata-se de um teste de comunicação funcional sob a forma de perfil de
comunicação.Existem dez categorias funcionais: 1) leitura,escrita e emprego de
números; 2) actos de fala; 3) contextos verbais e não verbais; 4) desempenho de papéis; 5) divergências; 6) comportamento comunicativo dependente do
relacionamento; 7) comunicação simbólica não verbal; 8) deixis; 9)humor e
absurdo;10) emprego da metáfora. Relaciona-se este teste com o tipo,causas e
gravidade das afasias. A aplicação do teste faz-se sob a forma de entrevista
estruturada com utilização da destreza de respostas em contextos situacionais e
com versões para todos os grupos etários.O teste tem dois objectivos: conseguir
um estudo válido das capacidades de comunicação e conseguir uma avaliação destas capacidades.

Fonte: MORRIS (1988).


2537 $ teste de compreensão frásica

Ab $ SCT
I SCT
sentence comprehension test

Termos Relacionados:
2684 testes de aquisição e desenvolvimento da linguagem

Classificação:
Psicolinguística

Definição:
Teste desenvolvido por Wheldall,Hobsbaum e Mittler em 1977.Trata-se de uma avaliação formal para testar a compreensão infantil de construções gramaticais.
A partir do momento em que se descobre o tipo de frases em relação às quais a
criança demonstra dificuldades de compreensão, pode iniciar-se uma terapia
sistemática. Este teste apenas pode ser utilizado com um grupo limitado de
crianças dos 3 aos 5 anos e meio, crianças normais e que sejam com valores
etários equivalentes no desenvolvimento da linguagem. Compreende 15 subtestes com diferentes estruturas gramaticais. Cada subteste possui 4 itens de entre os quais a criança deve escolher a forma correcta. A partir dos resultados dos subtestes o terapeuta decide se a terapia é ou não necessária.

Fonte: MORRIS (1988).



2540 $ teste de diagnóstico em sintaxe de Northwestern

Ab $ NSST
I NSST
Northwestern syntax screening test

Termos Relacionados:
2648 linguagem expressiva
2684 testes de aquisição e desenvolvimento da linguagem

Classificação:
Psicolinguística

Definição:
Projectado por Lee em 1969, é um teste diagnóstico rápido para descobrir quais
as capacidades de compreensão e de linguagem expressiva das crianças com idades compreendidas entre os 3 e os 7 anos. Na secção de compreensão, são lidas duas frases que descrevem uma figura devendo a criança identificar a figura correcta. Na secção de linguagem expressiva, existem duas figuras para escolher. São dadas duas frases, o terapeuta aponta para duas figuras, a criança tem que dizer o que as figuras representam. No fundo, este teste é um teste de imitação da linguagem baseado na ideia de que as crianças só repetirão os enunciados sintácticos existentes no seu repertório sintáctico. As mesmas estruturas sintácticas são utilizadas em ambos os subtestes.

Fonte: MORRIS (1988).

2543 $ teste de jogo simbólico

Ab $ SPT
I SPT
symbolic play test

Termos Relacionados:
2684 testes de aquisição e desenvolvimento da linguagem

Classificação:
Psicolinguística

Definição:
Concebido por Lowe e Costello em 1976, é um modo de avaliação formal aferida para testar o jogo simbólico de uma criança. Pode ser usado com crianças muito novas, entre 1 e 3 anos. O desenvolvimento da formação de conceitos e a simbolização é um requisito fundamental para um desenvolvimento normal dalinguagem. A classificação dos resultados baseia-se no número de respostas com significado e nas conexões que a criança faz entre objectos que lhe são apresentados. É um teste de jogo não-verbal numa situação estruturada, que dura cerca de 10 a 15 minutos e que não depende da capacidade da criança para a compreensão ou para a linguagem expressiva.

Fonte: MORRIS (1988).



2546 $ teste de vocabulário ilustrado Peabody

Ab $ PPVT
I PPVT
Peabody picture vocabulary test

Termos Relacionados:
2597 avaliação
2684 testes de aquisição e desenvolvimento da linguagem

Classificação:
Psicolinguística

Definição:
Trata-se de um teste formal aferido à população, criado por L. M. Dunne L. Dunn,
em 1959, e revisto (PPVT-R) em 1976. É destinado a verificar o nível de
compreensão do vocabulário em indivíduos a partir dos dois anos e meio. Consiste no reconhecimento de uma palavra estímulo apresentada pelo examinador ao sujeito, e que este tem que atribuir a uma imagem de entre quatro. Estas quatro imagens formam um quadro. O teste é composto por 175 quadros e é apresentado em dois conjuntos alternativos.

Fonte: MORRIS (1988).


2552 $ teste inglês de vocabulário ilustrado

Ab $ EPVT
I EPVT
english picture vocabulary test

Termos Relacionados:
2597 avaliação
2684 testes de aquisição e desenvolvimento da linguagem

Classificação:
Psicolinguística

Definição:
Teste formal e aferido, da autoria de Brimer e Dunn, destinado a definir a
extensão do vocabulário auditivo da criança. O indivíduo é solicitado a escolher
uma imagem correcta de entre quatro apresentadas. Os resultados medem a
compreensão semântica da criança.

Fonte: MORRIS (1988).



2553 $ teste para a recepção da gramática

Ab $ TROG
I TROG
test for reception of grammar

Termos Relacionados:
2597 avaliação
2684 testes de aquisição e desenvolvimento da linguagem

Classificação:
Psicolinguística

Definição:
Concebido por Bishop em 1984, é uma avaliação formal aferida para testar a
compreensão nas crianças. Pode, ainda, ser utilizado para uma análise mais
profunda da compreensão em doentes afásicos, apesar de não ter sido aferido a
esta população. São testadas 80 construções gramaticais sendo cada uma
representada por figuras de quatro cores. O sujeito tem de apontar para a figura
correcta depois de receber o estímulo auditivo. Cada construção é testada em
blocos de quatro estímulos.

Fonte: MORRIS (1988).

2556 $ wug

I wug

Termos Relacionados:
2684 testes de aquisição e desenvolvimento da linguagem

Classificação:
Psicolinguística

Definição:
Figura semelhante a um pássaro usada numa experiência elaborada para encontrar a ordem de aquisição de morfemas gramaticais. Foi em 1958 que Berko sugeriu que, se a criança tivesse adquirido os afixos morfológicos correctos para os nomes e verbos, então podia adicionar as terminações correctas em palavras imaginárias. Para isso, desenhou seres imaginários entre os quais o "wug". Depois, apresentou a sua imagem a crianças seguida de outra imagem semelhante. Na primeira vez foi dito "isto é um wug". Aqui está outro. Temos, então, dois..." e as crianças respondiam, habitualmente, a forma correcta: "wugs".

Fonte: MORRIS (1988).



3283 $ xenismo

F xénisme

Classificação:
Lexicologia

Definição:
Unidade lexical, proveniente de uma língua estrangeira, que mantém o seu
carácter de estrangeirismo, remetendo para um referente de uma comunidade
estrangeira e produzindo, por vezes, um efeito de exotismo.

Fonte: GUILBERT (1975).



Organizado por Maria Helena Mira Mateus e Maria Francisca Xavier, este dicionário contou com o trabalho empenhado de uma equipa de trabalho constituída por especialistas das diferentes áreas e por colaboradores que, sob diversas formas, os apoiaram.


Psicolinguística
Ana Batoréo
Isabel Falé
Isabel Hub Faria
Fernanda Gonçalves
Mercês Moita
Marina Vigário


DICIONÁRIO DE TERMOS LINGUÍSTICOS I-II

Referências bibliográficas

A.A.V.V. (1986). Glossário de Termos Linguísticos: 1a. Fase. Lisboa: APL.
ABNEY, S. (1987). The English Noun Phrase in its Sentential Aspect. PhD thesis. Cambridge, Mass.: M.I.T. Press.
ALBERT, M. L. & L. K. OBLER (1978). The Bilingual Brain. New York: Academic Press.
ALLEN, M. (1978). Morphological Investigations. PhD thesis, University of Connecticut.
ANDERSON, J. M. (1973). Structural Aspects of Language Change. London: Longman.
ANDERSON, S.R. (ed.) (1975). Syntax and Semantics. 3: Speach Acts. New York-London: Academic Press.
AOUN, J. (1985). A Grammar of Anaphora. Cambridge, Mass.: M.I.T. Press.
APPEL, R. & P. MUYSKEN (1987). Language Contact and Bilingualism. London: E. Arnold.
ARONOFF, M. (1976). Word Formation in Generative Grammar. Cambridge, Massachusets: M.I.T. Press.
AUGST, G. (ed.) (1986). New Trends in Graphemics and Ortography. Berlin-New York: Walter de Gruyter.
AUSTIN, J. L. (1962). How to do Things with Words. Oxford: O.U.P.
AUSTIN, J. L. (1970). Quand Dire C'est Faire. Paris: Editions du Seuil.
AVALLE, D'A. S. (1970). Introduzione alla Critica del Testo. Corsi Universitari. Torino: G. Guiappichelli Editore.
AVALLE, D'A. S. (1972). Principi di Critica Testuale. Padova: Editrici Antenore.
BACH, E. & R. T. HARMS (ed.) (1968). Universals in Linguistic Theory. New Jersey: Holt, Rinehart & Winston Inc.
BAKER, M. (1988). Incorporation. A Theory of Grammatical Function Changing. Chicago: University of Chicago Press.
BARTLETT, F. C. (1932). Remembering, a Study in Experimental and Social Psychology. Cambridge: C.U.P.
BARWISE, J. & J. PERRY (1983). Situations and Atitudes. Cambridge, Massachusetts: M.I.T. Press.
BAUER, L. (1983). English Word-Formation. Cambridge: C.U.P.
BAUER, L. (1988). Introducing Linguistic Morphology. Edinburgh: E.U.P.
BEARD, R. & B. SZYMANEK (1988). Bibliography of Morphology 1960-1985. Amsterdam: John Benjamins.
BELLEMIN-NOEL, J. (1982). "Avant-texte et lecture psychanalytique". In: Avant-Texte, Texte, Après-Texte. Paris-Budapeste.
BERGOUNIOUX, A., M.-F. LAUNAY, R. MOURIAUX, J.-P. SUEUR & M. TOURNIER (1982). La Parole Syndicale. Paris: PUF.
BERNSTEIN, B. (1987). "Elaborated and restricted codes: an overview 1956-1985". In: AMMON, V. et alii (ed.). Sociolinguistics: an International Handbook of the Science of Language and Society. Berlin: Mouton de Gruyter.
BERT, W.E., J. HAVELKA, R. C. GARDNER (1959). "Linguistic Manifestations of Bilingualism". In: American Journal of of Psychology.
BEST, J. B. (1986). Cognitive Psychology. West Publishing Company, 1986.
BICKERTON, D. (1973). "The nature of a creole continuum."In: Language 49, 3.
BLECUA, A. (1983). Manual de Crítica Textual. Madrid: Editorial Castalia.
BLOOMFIELD, L. (1933). Language. London: George Allen & Unwin Ltd.
BOGDANOW, F. (1960). "The relationship of the Portuguese Joseph Abarimatia to the extant French Mss. of the Estoire del Saint Grial". Z.R.Ph., 76.
BOOIJ, G. & J. VANN MARLE (orgs) (1988). Yearbook of Morphology. Dordrecht: Foris Publications.
BOUTIN-QUESNEL, R., N. BELANGER, N. KERPAN & L.-J. ROUSSEAU (1985) Vocabulaire Systématique de la Terminologie. Cahiers de l'Office de la Langue française. Québec.
BOUVIER, A. (1969). La Theorie des Ensembles. Paris: P.U.F.
BOWERS, F. (1962). Principles of Bibliographical Description. 2nd ed. New York: Russel & Russel.
BRADLEY, R. & N. SWARTZ (1979). Possible Worlds. Oxford: Basil Blackwell.
BUHLER, K. (1967). Teoria del Lenguaje. Madrid: Revista de Occidente.
BURZIO, L. (1981). Intransitive Verbs and Italian Auxiliaries. PhD thesis. Cambridge, Mass.: M.I.T. Press.
BURZIO, L. (1986). Italian Syntax. A Government and Binding Approach. Dordrecht: Reidel.
BYNON, T. (1977). Historical Linguistics. Cambridge: C.U.P.
CAELEN, G. (1981). Structures Prosodiques de la Phrase Énonciative Simple et Étendue. Hamburg: Helmut Buske Verlag.
CAETANO MOCHO, M. do C. (1990). "Terminótica: um novo conceito". In: Terminologias, No. 1. Revista da A.T.P.. Lisboa.
CAMPOS, M.H.C. & M.F. XAVIER (1991). Sintaxe e Semântica do Português. Lisboa: Universidade Aberta.
CARON, J. (1983). Les régulations du discours. Paris: PUF, Col. Psychologie d'aujourd'hui.
CARSTAIRS, (1984). "Paradigm economy in the latin third declension". In: Transactions of the Philological Society.
CARSTAIRS, A. (1987). Allomorphy in Inflextion. Beckenham: Croom Helm.
CARVALHO, H. de (1973). Teoria da Linguagem. Vol. II. Coimbra: Coimbra Editora.
CARVALHO, H. de (1984). Estudos Linguísticos. Coimbra: Coimbra Editora.
CASANOVA, M. I. (1985). O Aspecto Verbal: Um Estudo Contrastivo de Inglês-Português.Dissertação de Mestrado. Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Policopiada.
CASSEN, B. & J.-F. DEGREMONT (1986). "Bilan de la Misssion, industries de la langue". In: Les Industries de la Langue. Enjeux pour l'Europe. Actes du Colloque de Tours. Tours.
CASTELEIRO, J. M. (1981). Sintaxe Transformacional do Adjectivo. Lisboa: Instituto Nacional de Investigação Científica.
CASTRO, I. (1978). "Do manuscrito ao livro impresso: o caso da Parte Oitava da Monarquia Lusitana". Congresso Comemorativo do Oitavo Centenário do Mosteiro de Alcobaça. Alcobaça. Actas Inéditas.
CASTRO, I. (1984). Livro de José de Arimateia. (Estudo e Edição do Cod. ANTT 643). Dissertação de Doutoramento em Linguística Portuguesa. Universidade de Lisboa. Policopiada.
CASTRO, I. (1986). "Apresentação". In: Fernando Pessoa. O Manuscrito de O Guardador de Rebanhos de Alberto Caeiro. Edição facsimilada. Apresentação e texto crítico. Lisboa: Publicações D. Quixote.
CASTRO, I. (1988). "Nota prévia".In: Álvaro de Campos. A Passagem das Horas. Edição de Cleonice Berardinelli. Edição crítica da obra de Fernando Pessoa. Lisboa: INCM.
CASTRO, I. (1989). "A Notícia de Torto, ou a paisagem como palimpsesto". Congresso Imago Mundi.Lisboa. Actas inéditas.
CÂMARA, JR., J. M. (1956). Dicionário de Linguística e Gramática. 11a. ed. Petrópolis: Vozes.
CÂMARA JR., J. M. (1964). Dicionário de Filologia e Gramática Referente à Língua Portuguesa. 2a. ed. Rio-São Paulo: J. Ozon Editor.
CÂMARA JR., J. M. (1984). Dicionário de Linguística e Gramática. 11a. ed. Petrópolis: Vozes.
CÉLDRAN, E. M. (1984). Fonética. Barcelona: Editorial Teide.
CEPEDA, I. V. (1982). Vidas e Paixões dos Apóstolos,Vol.I. Estudo e edição crítica. Textos Medievais Portugueses, 1. Lisboa: INIC-CLUL.
CEPEDA, I. V.(1988). Museu do Livro. Texto explicativo da exposição permanente da história do livro na Biblioteca Nacional. Lisboa: Biblioteca Nacional.
CERDÁ MASSÓ, R., M. C. OLIVARES, J. AYALA & J. CANTERO (1986). Dictionário de Linguística. Madrid: Anaya.
CERQUIGLINI, B. (1989). Éloge de la Variante. Histoire Critique de la Philologie. Des Travaux. Paris: Editions du Seuil.
CERVONI, J. (1987). L'Énonciation. Paris: P.U.F.
CHAMBERS, J. K. & P. TRUDGILL (1980). Dialectology. Cambridge: C.U.P.
CHAPLIN, J. P. (1981). Dicionário de Psicologia. Tradução Portuguesa. Lisboa: Publicações D. Quixote.
CHOMSKY, N. & M. HALLE (1968a). Principes de Phonologie Générative. Traduction de P. Encrevé. Paris: Editions du Seuil.
CHOMSKY, N. & M. HALLE (1968b).The Sound Pattern of English. New York: Harper & Row, Publishers.
CHOMSKY, N. (1957). Syntatic Structures. The Hague, Mouton.
CHOMSKY, N. (1965). Aspects of the Theory of Syntax. Cambridge, Massachusets: M.I.T. Press. (Trad. port. de E. Raposo J. Meireles, 1975. Aspectos da Teoria da Sintaxe. Coimbra: Arménio Amado).
CHOMSKY, N. (1970a)."Remarks on Nominalization".In: CHOMSKY, N. (1972). Studies on Semantics in Generative Grammar: 11-61 Haia: Mouton.
CHOMSKY, N. (1970b). "Remarks on Nominalizations". In: JACOBS, R. A. & P. S. ROSENBAUM (ed.). Readings in English Transformational Grammar. Waltham, Mass.: Ginn & Company.
CHOMSKY, N. (1981). Lectures on Government and Binding. Dordrecht: Foris Publications.
CHOMSKY, N. (1982). Some Concepts and Consequences of the Theory of Government and Binding. Cambridge: M.I.T. Press.
CHOMSKY, N. (1985). Knowledge of Language. It's Nature, Origin and Use. New York: Praeger.
CHOMSKY, N. (1986). Barriers. Cambridge: M.I.T. Press.
CHOMSKY, N. (1988). "Some notes on economy of derivation and representation". (Não publicado).
CHOMSKY, Noam (1987). La Nouvelle Sintaxe. Présentation et Commentaire d'A. Rowert. Paris: Editions du Seuil.
CINTRA, L. F. L.(1983). Estudos de Dialectologia Portuguesa. Lisboa: Edições Sá da Costa.
CINTRA, L.F.L. (1951). Crónica Geral de Espanha de 1344. Edição crítica do texto português, Vol.I. Lisboa: Academia Portuguesa de História.
CLARK, J. & C. YALLOP (1990). An introduction to Phonetics and Phonology. Oxford: Basil Blackwell.
CLARK,H. & E. CLARK (1977). Psychology and Language: an Introduction to Psycholinguistics. New York: Harcourt Brace Jovanovich, Publishers.
COMRIE, B. (1976). Aspect. Cambridge: C.U.P.
CONTINI, G. (1986). Breviario di Ecdotica. Milano-Napoli: Riccardo Riccardi Editore.
COP, M. (1990). "Babel unravelled. An annotated world bibliography of dictionary bibliographies, 1658-1988". In: Lexicographica, suppl. Tubingen, M. Niemeyer Verlag.
COSTA, M. R. V. (1990). "Algumas considerações sobre o papel do terminólogo na delimitação de um vocabulário (comércio)". In: Terminologias No. 1., Revista da ATP. Lisboa.
COUTINHO, A. do C. (1957). Dicionário Enciclopédico de Medicina. Baseado no Black's Medical Dictionary. 2a edição. Lisboa: Argo Editora.
COZBY, P. C.(1985). Methods in Behavioral Research. 3rd ed. Palo Alto: Mayfield Publishing Company.
CRUTTENDEN, A. (1986). Intonation. Cambridge: C.U.P.
CRYSTAL, D. (1980a). A Dictionary of Linguistics and Phonetics. Oxford,New York: Basil Blackwell, André Deutch. (2nd ed. 1985. Oxford: Basil Blackwell; 3rd ed. 1991. Oxford: Basil Blakwell).
CRYSTAL, D. (1980b). Introduction to Language Pathology. Edward Arnold.
CRYSTAL, D. (1987). The Cambridge Encyclopedia of Language. Cambridge C.U.P., 1989.
CULIOLI, A. & J. P. DESCLÉS (1982). "Traitement formel des langues naturelles". In: Mathématiques et Sciences Humaines 77.
CULIOLI, A. (1968). "La formalisation en linguistique". In: Cahiers pour l'analyse. Paris: Editions du Seuil.
CULIOLI, A. (1971). Rubriques de Linguistique de l'Encyclopédie Alpha. Paris: Grange Batelière.
CULIOLI, A. (1973). "Sur quelques contradictions en linguistique". In: Communications 20. Paris: Editions du Seuil..
CULIOLI, A. (1978). "Valeurs aspectuelles et opérations énonciatives: l'aoristique. In: Actes du Colloque sur la Notion d'Aspect. Paris: J. David et R. Martin, Metz.
CULIOLI, A. (1982). "Rôle des répresentations métalinguistiques en syntaxe". In: Collection ERA 642. Paris: Université de Paris.
CULIOLI, A. (1985). Notes du Séminaire de DEA 1983-84. Paris: Université de Paris 7.
CULIOLI, A. (1987). "La Linguistique: de l'empirique au formel". In: Sens et Place des Connaissances dans la Société. CNRS, Centre Régional de Meudon-Bellevue.
CUNHA, C. & L. F. L. CINTRA (1984). Nova Gramática do Português Contemporâneo. Lisboa: Edições Sá da Costa.
CUTLER, A. & D. R. LADD (1983). Prosody: Models and Measurements. Berlin: Springer-Verlag.
DARRAULT, I. (1976). "Presentation". In: Langages 43. Paris: Larousse.
DELL, F. (1973). Les Régles et les Sons: Introduction à la Phonologie Générative. Paris: Savoir.
DEMONET, M., A. GEFFROY, J. GOUAZE, P. LAFON, M. MOUILLAUD & M.TOURNIER (1975). Des tracts en Mai 68. Mesures de vocabulaire et de contenu. Paris: Presses de la Fondation Nationale des Sciences Politiques. (Réed. 1978. Champs Libres).
DENES, P. B. & E. N. PINSON (1973). The Speech Chain: the Physics and Biology of Spoken Language. New York: Anchor Press.
DEROY, L. (1956). L'emprunt linguistique. Paris: Les Belles Lettres.
DESCLÉS, J. P. (1978). "Enoncés et énonçables". In: Lingua e Stile 13(2).
DESMET, I. (1990). "Questões de semântica em Terminologia (A problemática da definição terminológica)". In: Terminologias 2. Revista da A.T.P. Lisboa.
DI SCIULLO & WILLIAMS (1987). On the Definition of Word. Cambridge, Massachussets: The M.I.T. Press.
DÍAZ Y DÍAZ, M. C.(1984). Crítica Textual. Léxico de Términos Frecuentes. Policopiada.
DIJK, T. A. V. (1977). Text and Context. Londres: Longman.
DONNELLAN, K. (1966). "Reference and Definite Descriptions". In: Philosophical Review, 75.
DORIAN, N. (1973). "Grammatical change in a dying dialect." In:Language 49, 2.
DOWTY, D. (1979). Word Meaning and Montagne Grammar. Dordrecht: Reidel.
DOWTY, D. et alii (1981). Introduction to Montagne Semantics.Dordrecht: Reidel.
DRESSLER, W., W. MAYERTHALER, O. PANAGL & W. WURZEL (ed.) (1987). Leitmotifs in Natural Morphology. Amsterdam: John Benjamins.
DUARTE, I. (1987). A Construção de Topicalização na Gramática do Português. Regência, Ligação e Condições sobre Movimento. Dissertação de Doutoramento em Linguística Portuguesa.Universidade de Lisboa. Policopiada.
DUARTE, L. F. (1989). A Génese de um Romance. Incursão na Escrita Queirosiana. Estudo Genético de A Capital. Tomo I. Dissertação de Doutoramento em Linguística Portuguesa. Universidade Nova de Lisboa. Policopiada.
DUBOIS et alii (1966). Dictionnaire du Français Contemporain, Avant-propos. Paris: Librairie Larousse.
DUBOIS, J. et alii (1973). Dictionnaire de Linguistique. Paris: Larousse.(Dernière ed. 1989. Paris: Larousse. Trad. port. Dicionário de Linguística. São Paulo: Editora Cultrix).
DUBOIS, J. et alli (1967). "Description et Classification des Aphasies". In: Langages 5.
DUBOIS, Jean (1977). "L'Agraphie des Aphasiques Sensoriels. Les Troubles à la Dictée des Mots et des Logatomes". In: Langages 47.
DUCROT, O. & T. TODOROV (1972). Dictionnaire Encyclopédique des Sciences du Langage. Paris: Editions du Seuil. (Trad. port. orientada por Eduardo Prado Coelho, 1982. Dicionário das Ciências da Linguagem. Lisboa: Dom Quixote).
DUNCAN, Jr. & C. JOHN (1971). A Frequency Dictionary of Portuguese Words, Vol. I and II. PhD thesis, Standford University, Language and Literature, Linguistics.
EDMONDSON, W. (1981). Spoken Discourse: A Model for Analysis. London & New York: Longman.
EISENSTEIN, E. L. (1985). "On the printing press as an agent of change". In: OLSON, D. R., N. TORRANCE & A. HILDYARD (ed.). Literacy, Language and Learning: The Nature and Consequences of Reading and Writing. Cambridge: C.U.P.
ELIA, A. (1984). "L'étude formelle des différents emplois sémantiques d'un mot: un exemple d'application du Lexique- Grammaire de L'italien et du français". In: Cahiers de Lexicologie 44.
EVERAERT, M. et alii (orgs.) (1988). Morphology and Modularity. Dordrecht: Foris Publications.
FARIA, I. H. (1983). Para a Análise da Variação Sociossemântica. Dissertação de Doutoramento. Universidade de Lisboa. Policopiada.
FARIA, I. H. et alii (1990). Adaptação ao Português Europeu do Teste de Afasia para Bilingues de Michel Paradis. Lawrence Erlbaum.
FERRAZ, M. de L. A. (1987). A Ironia Romântica: Estudo de um Processo Comunicativo. Lisboa: INCM.
FILLMORE, C. (1968). "The case for case". In: BACH, E. & R. HARMS (ed.). Universals in Linguistic Theory. New York: Holt, Rinehart and Winston.
FISIAK, J. (org.) (1980). Historical Morphology. Haia: Mouton.
FLAHAULT, F. (1979). A Fala Intermediária. Tradução de Madalena Cruz Ferreira. Lisboa: Via Editora.
FODOR, J. D. (1977). Semantics: Theories of Meaning in Generative Grammar. The Harvester Press.
FODOR, J. D. (1980). Semantics: Theories of Meaning in Generative Grammar. Cambridge, Mass.: Harvard University Press.
FROMKIN, U. A. (1980). Errors in Linguistic Performance, Slips of the Tongue, Ear, Pen and Hand. New York: N.Y.A.P.
FROMKIN, V. & R. RODMAN (1974). An Introduction to Language. 3rd ed. New York: Holt Rinehart and Winston. 1983.
FRY, D. B. (1979). The Physics of Speech. Cambridge: C.U.P.
GALISSON, R. & D. COSTE (1976). Dictionnaire de Didactique des Langues. Paris: Hachette. (Trad. port, 1983. Dicionário de Didáctica das Línguas. Coimbra: Livraria Almedina).
GALISSON, R. (1970). L'Apprentissage systématique du vocabulaire. Coll. Le Français dans le Monde - BELC. Paris: Hachette/Librairie Larousse.
GALISSON, R. (1973). "Pour une méthodologie de l'enseignement du sens étranger". In: Études de Linguistique Appliquée 11.
GALISSON, R. (1978). Recherches de Lexicologie Descriptive: La Banalisation Lexicale. Paris: Nathan.
GALISSON, R. (1980). "Approches communicatives et acquisitions des vocabulaires (du concordancier à l'auto-dictionnaire personnalisé)", Actes de Colloque de Toronto. In: Bulletin de l'Unité de Recherche Linguistique 4.1., 1982.
GALISSON, R. (1983). Des Mots pour Communiquer. Eléments de Lexicométhodologie. Paris: Clé Internacional.
GALISSON, R. (1984). Dictionnaire de Compréhension et de Production des Expressions Imagées. Paris: Clé International.
GALISSON, R. (1987). "Les mots-valises et les dictionnaires de parodie comme moyens de perfectionnement en langue et culture française". In: Etudes de Linguistique Appliquée 67.
GALISSON, R. (1990). "Entrer en langue/culture par les mots. Esquisse d'un modèle d'organisation et de description des contenus lexico-culturels d'enseignement/apprentissage". Actas do Colóquio de Lexicologia e Lexicografia. Lisboa.
GALLMANN, P. (1986). "The graphic elements of german written language". In: AUGST, G. (ed.). New Trends in Graphemics and Ortography. Berlin-New York: Walter de Gruyter.
GARDIES, J. L. (1979). Essai sur la Logique des Modalités. Paris: P.U.F.
GARMAN, M. C. (1990). Psycholinguistics. Cambridge: C.U.P.
GARNHAM, A. (1985). Psycholinguistics: Central Topics. London: Methuen.
GASKELL, P. (1985). A New Introduction to Bibliography. 4th ed., Oxford: Clarendon Press.
GILISSEN, L. (1977). Prolégomènes à la Codicologie. Gand: Editions Scientifiques Story - Scientia S.P.R.L.
GLAISTER, G. A. (1960). Glossary of the Book. London: George Allen and Unwin Ltd.
GLEASON, H.A. (1955). An Introduction to Descriptive Linguistics. New York: Holt, Rinehart and Winston. (Trad. port. Introdução à Linguística Descritiva. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian).
GONÇALVES, E. (1983). "Apresentação crítica". In: A Lírica Galego- Portuguesa (Textos Escolhidos). Lisboa: Editorial Comunicação.
GORCY, G. (1990). "Le Trésor de la Langue Française (TLF). Son originalité et les voies ouvertes par son informatisation". In: Dictionnairique et Lexicographie 1. Paris: Didier Erudition.
GRADDOL, D., J. CHESHIRE & J. SWANN (1987). Describing Language. Philadelphia: Open University Press.
GREENBERG, J. H. (1963). Some Universals of Grammar with Particular to the Order of Meaningful Elements in Universals of Language. Cambridge, Mass.: M.I.T. Press.
GREIMAS, A. J. & J. COURTÉS (1979). Sémiotique. Dictionnaire Raisonné de la Théorie du Langage. Paris: Hachette, tomos I e II.
GREIMAS, A.J. (1966). Sémantique Structurale, Recherche de Méthode. Paris: Librairie Larousse.
GRICE, H. P. (1957). "Meaning". In: Philosophical Review 56.
GRICE, H. P. (1975). "Logic and conversation". In: COLE, P. & J. L. MORGAN (ed.). Syntax and Semantics 3: Speech Acts. New York-London: Academic Press.
GRUBER, J. S. (1976). Lexical Structures in Syntax and Semantics. Amsterdam: North Holland.
GRUBER, J.S. (1965). Studies in Lexical Relations. PhD thesis. Cambrige-Mass.: MIT Press.
GUILBERT, L. (1967). "Le dictionnaire du français contemporain". In: Cahiers de Lexicologie 1.
GUILBERT, L. (1971). Le Grand Larousse de la Langue Française. Paris: Librairie Larousse.
GUILBERT, L. (1975). La Créativité Lexicale. Paris: Librairie Larousse.
GUIRAUD, P. (1960). Problèmes et Méthodes de la Statistique Linguistique. Paris: PUF.
GUIRAUD, P. (1967). Structures Étymologiques du Lexique Français. Paris: Librairie Larousse.
GUMPERZ, J. Y. (1982). Discourse Strategies. Cambridge: C.U.P.
HAIMAN, J. (1985). Natural Syntax. Cambridge: Cambridge University Press.
HALLE, M. (1973). "Prolegomena to a Theory of Word Formation". In: Linguistic Inquiry 4.1.
HALLIDAY, M. A. K. & R. HASAN (1976). Cohesion in English. London: Longman.
HALLIDAY, M. A. K. (1970). "Language structure and language function". In: LYONS, J. (ed.). New Horizons in Linguistics. Harmondsworth: Penguin.
HALLIDAY, M.A.K.(1978). Language as Social Semiotic. London: Edward Arnold.
HAMERS, J. F. & M. H. A. BLANC (1989). Bilinguality and Bilingualism. Cambridge: C.U.P.
HAUSMANN, F. J., O. REICHMANN, H. E. WIEGAND & L. ZGUSTA (1989, 1990, 1991). Worterbucher. Dictionaries. Dictionnaires. Ein internationales Handbuch zur Lexicographie. Berlin: Walter de Gruyter e Co, vols I, II e III.
HERINGER, H. J. & J. P. de LIMA (1987). Palavra Puxa Palavra: Comunicação e Gramática Dependencial. Lisboa: ICALP.
HERNANZ, M.L. & J.M. BRUCART (1987). La Syntaxis: 1. Principios Teóricos. La Oración Simple. Barcelona: Editorial Crítica.
HIGOUNET, C. (1986). L' Écriture. 7ème ed. Paris: P.U.F., Collection Que Sais-Je.
HOCK, H. H. (1986). Principles of Historical Linguistics. Berlin: Mouton de Gruyter.
HOGG, R. & C. B. Mc CULLY (1987). Metrical Phonology: a Course Book. Cambridge: C.U.P.
HOLM, J. A. (1988-89). Pidgins and Creoles. 2 vol. Cambridge: C.U.P.
HORNBY, P. A. (1977). Bilingualism: Psychological, Social and Educational Implications. Academic Press, Inc.
HUGHES, G. E. e M. J. CRESSWELL (1984). A Companion to Modal Logic. Londres: Methuen.
IORDAN, I. (1962). Introdução à Linguística Românica. Tradução de Júlia Dias Ferreira. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian. 1973.
ISTRE (1983). Fonologia Transformacional e Natural. Ensaios de Linguística da UFSC. Florianópolis: UFSC.
JACKENDOFF, R. (1972). Semantic Interpretation in Generative Grammar. Cambridge, Mass.: M.I.T. Press.
JACKENDOFF, R. (1975). "Morphological and Semantic Regularities in the Lexicon". In: Language 51.
JACKENDOFF, R. (1977). X Syntax. A Study of Phrase Structure. Cambridge,Mass: M.I.T. Press.
JACKSON, D. (1981). The Story of Writing. London: Barrie & Jenkins.
JACOBS, R. A. & P. S. ROSENBAUM (ed.) (1970). Readings in English Transformational Grammar. Waltham, Mass.: Ginn & Company.
JAKOBSON, R. (1963). Essais de Linguistique Générale. Traduit par Nicolas Ruwet. 1970. Paris: Editions de Minuit.
JAKOBSON, R., C. G. M. FANT & M. HALLE (1963). Preliminaries to Speech Analysis. Cambridge, Mass.: M.I.T. Press.
JAVIES, E. & A. BENTAHILA (1989). "On mother and other tongues. The notion of possession of a language". In: Língua 78.
JOHNSON-LAIRD, P. N. (1983). Mental Models Towards a Cognitive Science of Language, Inference and Consciousness. Cambridge: C.U.P.
KENNEY, E. J.(1974). The Classical Text. Aspects of Editing in the Age of Printed Book. Berkeley: The University of California Press.
KENT, A., H. LANCOUR & J. E. DAILY (ed.) (1980). Encyclopedia of Library and Information Science. New York.
KING, R. D.(1969). Historical Linguistics and Generative Grammar. New Jersey: Prentice-Hall Inc., Englewood Chiffs.
KIPARSKY, P. (1968). "Linguistic universal and linguistic change". In: BACH, E. & R. T. HARMS (ed.). Universals in Linguistic Theory. New Jersey: Holt, Rinehart & Winston Inc.
LABOV, W. (1966).The Social Stratification of English in New York City. Washington: Center of Applied Linguistics.
LABOV, W. (1972). Sociolinguistic Patterns. Philadelphia: University of Pennsylvania Press.
LACERDA, A. (1975). Objectos Verbais e Significado Elocucional. Toema e Entoemas. Entoação. Separata da Revista do Laboratório de Fonética Experimental da Fac. de Letras de Coimbra, Vol.I e II. Coimbra.
LADEFOGED, P. (1962). Elements of Acoustic Phonetics. Chicago: The Univ. of Chicago Press.
LADEFOGED, P. (1971). Preliminaries to Linguistic Phonetics. Chicago: The Univ. of Chicago Press.
LADEFOGED, P. (1982). A Course in Phonetics. 2nd ed. New York: Harcourt Brace Jovanovich Publishers.
LAKOFF, R. (1972). "Another look of drift". In: STOCKWELL, R. P. & R.K. S. MACAULAY (ed.). Linguistic Change and Generative Theory. Indiana: Indiana University Press.
LAMBERT, W. E. (1977). "The Effects of Bilingualism on the Individual: Cognitive and Sociocultural Consequences". In: HORNBY, P. (1977). Bilingualism: Psychological Social, and Educational Implications. Academic Press.
LANDERAY, A. & R. RENARD (1987). Éléments de Phonétique. Bruxelles: Didier.
LANG, M. F. (1990). Spanish Word Formation. Londres: Routledge.
LAPOINTE, S. G. (1981). "A Lexical Analysis of the English Auxiliary System". In: HOEKSTRA, HULST & MOORTGAT (eds.), Lexical Grammar. Dordrecht: Foris Publications.
LASNIK, H. & M. SAITO. (1984). "On the Nature of Proper Government". In: Linguistic Inquiry 15.2.
LAUSBERG, H. (1956). Romanische Sprachwissenschaft. Berlin: W. de Gruyter. (Trad. port de M. Ehrhardt & M. L. Schemann,. 1974. Linguística Românica. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian).
LE GRAND ROBERT DE LA LANGUE FRANÇAISE (1985), 2ème édition revue et enrichie par Alain REY.
LERAT, P. (1987). "L'acceptabilité des mots". In: Etudes de Linguistique Appliquée 67.
LERAT, P. (1988). "Terminologie et sémantique descriptive". In: Banque des Mots. Numéro spécial du Centre de Terminologie et de Néologie de Paris.
LERAT, P. (1989). "Les fondements théoriques de la terminologie". In: Banque de Mots. Numéro spécial du Centre de Terminologie et de Néologie de Paris.
LEVINSON, S. C. (1983). Pragmatics. Cambridge: C.U.P.
LIEBER, R. (1980). On the Organization of the Lexicon. PhD thesis. Cambridge, Mass.: M.I.T. Press.
LIEBER, R. (1981). On the Organization of the Lexicon. Indiana University Linguistics Club.
LIEBERMAN, P. & S. BLUMSTEIN (1988). Speech Fisiology, Speech Perception and Acoustic Phonetics. Cambridge: C.U.P.
LIMA, J. P. de (org.) (1983). Linguagem e Acção: da Filosofia Analítica à Linguística Pragmática. Lisboa: apáginastantas.
LIMA, M. P. de (1981). Inquérito Sociológico. Problemas de Metodologia. Lisboa: Editorial Presença.
LINO, M. T. R. F. (1989). "Língua Portuguesa, língua das ciências e das técnicas. Neologia científica e técnica e lexicografia". In: Língua Portuguesa - Que Futuro?. Lisboa: Sociedade da Língua Portuguesa.
LYONS, J. (1968). Introduction to Theoretical Linguistics. Cambridge: C.U.P..
LYONS, J. (1977). Semantics. 2 vols. Cambridge: C.U.P.(Trad. port. de Wanda Ramos, 1980. Semântica. Lisboa: Presença).
LYONS, J. (ed.) (1970). New Horizons in Linguistics, Harmondsworth: Penguin Books.
MAAS, P. (1927). Text Kritik. Leipzig-Berlin. (Trad. it. de Nello Martinelli, 1975. Critica del Testo. Firenze: Felice Monnier).
MAINGUENEAU, D. (1976). Initiation aux Méthodes de l'Analyse du Discours: Problèmes et Perspectives. Paris: Hachette.
MARANTZ, A. (1984). On the Nature of Grammatical Relation. Cambridge, Mass.: M.I.T. Press.
MARCELLESI, J.-B. & B. GARDIN (1974). Introduction à la Sociolinguistique. La Linguistique Sociale. Paris: Librairie Larousse.
MARCONI, Diego (1984). "Semântica", Linguagem-Enunciação. In: Enciclopédia Einaudi, vol.2.. Lisboa: INCM.
MARQUILHAS, R. (1988). O Original de Imprensa e a Normalização Gráfica no século XVIII. Dissertação de mestrado em Linguística Portuguesa Histórica. Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Policopiada.
MARTINET, A. (1955). Économie des Changements Phonétiques. Traité de Phonologie Diachronique. Berne: Francke. (2ème éd. 1964. Berna: Franke AG Verlag).
MARTINET, A. (1960). Eléments de Linguistique Générale. Paris: Librairie Armand Colin. (2ème éd. 1967. Paris: Armand Colin; Trad. port. de Jorge Morais Barbosa, 1964. Lisboa: Edições Sá da Costa).
MARTINET, A. (1960). Elementos de Linguística Geral. Tradução de Jorge Morais-Barbosa. Lisboa: Edições Sá da Costa. 1964.
MARTINS, M. R. D. (1988). Ouvir Falar - Introdução à Fonética do Português. Lisboa: Editorial Caminho.
MATEUS, M. H. M. & A. VILLALVA (org.) (1985). Novas Perspectivas em Fonologia. Lisboa: Laboratório de Fonética da Faculdade de Letras de Lisboa.
MATEUS, M. H. M. (1982). Aspectos de Fonologia Portuguesa. Lisboa: INIC-CLUL.
MATEUS, M. H. M., DUARTE, BRITO & FARIA (1983). Gramática da Língua Portuguesa. Coimbra: Livraria Almedina. (2a ed. 1989. Lisboa: Editorial Caminho).
MATTHEWS, P.H. (1974). Morphology. An Introduction to the Theory of Word Structure. Cambridge: C.U.P.
McGANN, J. (1985). "The monks and the giants. Textual and bibliographical studies and the interpretation of literary works". In: McGANN, J. (ed.). Textual Criticism and Literary Interpretation. Chicago-London: The Univ. of Chicago Press.
McGANN, J. (ed.) (1985). Textual Criticism and Literary Interpretation. Chicago-London: The Univ. of Chicago Press.
McLUHAN, M. (1972)."O passado-futuro do livro". In: O Correio da Unesco. Número especial dedicado ao Ano Internacional do Livro - 1972. Dezembro de 1972. Rio de Janeiro. Menéndez Pidal, R.F.E.
MENYUK, P. (1969). Sentences Children Use. Cambridge, Mass.: M.I.T. Press.
MENYUK, P. (1971). The Acquisition and Development of Language. Englewood Cliffs: Prentice Hall.
MENYUK, P. (1988). Language Development: Knowledge and Use. London: Scott, Foresman and Company.
METZELTIN, M. & M. CANDEIAS (1982). Semântica e Sintaxe do Português. Coimbra: Livraria Almedina.
METZELTIN, Michael (1978). O Signo, o Comunicado, o Código: Introdução à Linguística Teórica. Coimbra: Livraria Almedina.
MONTAGUE, R. (1974). Formal Philosophy. Yale University Press.
MORRIS, D. W. H. (1988). A Dictionary of Speech Therapy. London, New York, Philadelphia: Taylor & Francis.
MUHLHAUSLER, P. (1986). Pidgin and Creole Linguistics. Oxford: Basil Blackwell.
MULLER, C. (1968).Initiation à la Statistique Linguistique. Paris: Librairie Larousse.
MULLER, C. (1974). "La lemmatisation, essai d'analyse mathématique". In:Travaux de Linguistique et de Littérature. Vol. 12, I. Strasbourg.
MULLER, C. (1977). Principes et Méthodes de Statistique Lexicale. Paris: Hachette, col.U.
MUYSKEN, P. (s.d.)."Sources for the study of Amerindian contact vernaculars in Ecuador". In: Amsterdam Creole Studies III.
MUZERELLE, D. (1985). Vocabulaire Codicologique. Répertoire Méthodique des Termes Français Relatifs aux Manuscrits. Paris: Editions CEMI.
NASCIMENTO, A. A. & A. D. DIOGO (1984). Encadernação Portuguesa Medieval. Alcobaça. Lisboa: INCM.
NASCIMENTO, A. A. (1977). Livro de Arautos. Lisboa: INIC.
NASCIMENTO, A. A. (1978-1979)."A elaboração de um códice alcobacense. Análise através do Cod. 6747 da B.N. de Lisboa: Espelho de Cristãos Novos, de Francisco Machado". In: Euphrosine. Revista de Filologia Clássica. 9. Lisboa.
NASCIMENTO, A. A. (1984). "Das palavras às coisas: o percurso do livro através da terminologia bibliográfica". In: Revista da Faculdade de Letras 2. 5a. série. Lisboa.
NEF, F. (1988). Logique et Langage, Paris: Hermes.
NEWMEYER, F. (ed.) (1988). Linguistics: The Cambridge Survey, vol. I: Linguistic Theory: Foundations. Cambridge: C.U.P.
NORMALISATION FRANÇAISE, Norme International ISO 1087:1990, Afnor, Outubro 1990 (X03-003).
OLSON, P. R., N. TORRANCE & A. HILDYARD (ed.) (1985). Literacy, Language and Learning: the Nature and Consequencies of Reading and Writing. Cambridge: C.U.P.
PALMER, F.R. (1979). A Semântica. Tradução de Ana Maria Machado Chaves. Lisboa: Edições 70.
PARADIS, M. (1987). The Assessment of Bilingual Aphasia. Hillsdale, New Jersey, London: Laurence Erlbaum Associates, Publishers.
PARDAL, E. A. (1973). Aspects de la Phonologie (Générative) du Portugais. Lisboa: INIC-CLUL.
PARRET, H. (1976). "La Pragmatique des Modalités". In: Langages 43. Paris: Larousse.
PARTEE, B. H. et alii (1990). Mathematical Methods in Linguistics. Dordrecht: Kluwer.
PAUL, H. (1970). Princípios Fundamentais da História da Língua. Tradução de M. Luísa Schemann. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.
PEARSHALL, D. (1985). "Editing medieval texts. Some developments and some problems". In: McGANN, J. (ed.). Textual Criticism and Literary Interpretation. Chicago-London: The Univ. of Chicago Press.
PEDRO, M. (1948). Dicionário Técnico do Tipógrafo. Porto: Imprensa Moderna Lda.
PERES, J. A. (1984). Elementos para uma Gramática Nova. Coimbra: Livraria Almedina.
PERLMUTTER, D. (1983). Studies in Relational Grammar I. Chicago: University of Chicago Press.
PEY, M. (1966). Glossary of Linguistic Terminology. London: Penguin Books.
PIEL, J. (1944). "A flexão verbal do português". In: Biblos.
PINTO, M. G. L. C. (1984). Estudo Psicolinguístico Genético do Token Test e de Materiais de Metodologia Complementar. Dissertação de Doutoramento. CLUP, INIC , 1988.
POLLOCK, J.-Y. (1988). "Verb movement, universal grammar, and the structure of IP". In: Linguistic Inquiry, 20.3, 1989.
POTTER, S. (1965). A Linguagem no Mundo Moderno. Tradução de António Ramos Rosa. Lisboa: Ulisseia.
POTTIER, B. (1966). "Champ sémantique, champ d'expérience et structure lexicale".Zeitschrift fur Franzosische Sprache, Probleme de Semantik, éd. par W. Th. Elwert, beihefte ZfSL NF. Heft 1 (Wiesbaden, Franz Steiner Verlag, 1968).
POTTIER, B. (1974). Linguistique Générale: Théorie et Description. Paris: Editions Klincksieck.
POTTIER, B. (1987). Théorie et Analyse en Linguistique. Paris: Hachette.
POTTIER, B. (org.) (1973). Le Langage. Paris: Denoel.
QUEMADA, B. (1968). Les Dictionnaires du Français Moderne (1539-1863). Etudes sur leur Histoire, leurs Types et leurs Méthodes. Paris: Didier.
QUEMADA, B. (1972). "Du glossaire au dictionnaire". In: Cahiers de Lexicologie 20.
QUEMADA, B. (1981). "Les noms des mots ou des mots pour les mots. A propos de la terminologie lexicologique". In: Linguistica Computazionale Vol. IV-V. Pisa.
QUEMADA, B. (1987). "Notes sur lexicographie et dictionnairique". In: Cahiers de Lexicologie 51.
QUEMADA, B. (1990). "Les données lexicographiques et l'ordinateur". In: Cahiers de Lexicologie 56-57.
QUEMADA, G. (1983). Dictionnaire de termes nouveaux des sciences et techniques. Paris: Cilf.
QUENTIN, H. (1926). Essais de Critique Textuelle (Ecdotique). Paris.
RADFORD, A. (1988). Transformational Grammar.A First Course. Cambridge: Cambridge University Press.
RAPOSO, E. (1979). Introdução à Gramática Generativa- Sintaxe do Português. Lisboa: Moraes Ed.
RECANATI, F. (1981). Les Énoncés Performatifs. Paris: Editions Minuit.
RESCHER, N. (1968). Topics in Philosophical Logic. Dordrecht: Reidel.
REY, A. (1979). Le Lexique: Images et Modèles. Paris: Librairie Armand Colin.
REY, A. (1986). Le Grand Robert. Paris: Editions Le Robert.
REY, A. (1987). "La notion de dictionnaire culturel". In: Cahiers de Lexicologie 57.
REY-DEBOVE, J. (1970). "Le domaine du dictionnaire". In: Langages 19.
REY-DEBOVE, J. (1984). Le Robert Méthodique. Présentation. Paris: Le Robert.
REY-DEBOVE, J. (1984). "Le domaine de la morphologie lexicale". In: Cahiers de Lexicologie 45.
RICHARDS, J., J. PLATT & H. WEBER (1985). Longman Dictionary of Applied Linguistics. Harlow: Longman.
ROBERTS, C. H. & T. C. SKEAT (1985). The Birth of Codex. 2nd ed. London: The Oxford University Press.
RODRIGUES, A. (1986). Línguas Brasileiras. São Paulo: Ed. Loyola.
ROMAINE, S. (1982). "What is a speech comunity?". In: ROMAINE, S. (ed.). Sociolinguistic Variation in Speech Communities. London: Edward Arnold.
ROMAINE, T. (1988). Pidgin and Creole Languages. New York: Longman.
RONCAGLIA, A. (1975). Principi e Applicazioni di Critica Testuale. Roma: Bulzoni Editore.
ROSSI, M. et alii (1981). L'Intonation. De l'Acoustique à la Sémantique. Paris: Ed. Klinscksieck. Études Linguistiques XXV.
ROUVERET, A. & J. R. VERGNAUD (1980). "Specifying Reference to the Subject: French Causatives and Conditions on Representations". In: Linguistic Inquiry 11.1.
SAGER, J. (1990). A Practical Course in Terminology Processing. Amsterdam, Philadelphia: John Benjamins Company.
SAID, A. (1921-1923). Gramática Histórica da Língua Portuguesa. São Paulo: Melhoramentos.
SALEM, A. (1987). Pratique des Segments Répétés. Essai de Statistique Textuelle. Paris: Editions Klincksieck, INaLF, coll. "Saint-Cloud".
SALVATORE, A. (1983). Edizione Critica e Critica del Testo. Roma: Jouvence.
SAUSSURE, F. de (1916). Cours de Linguistique Générale. Paris: Payot. (Trad. port. de José Victor Adragão, 1971. Curso de Linguística Geral. Lisboa: Publicações Dom Quixote).
SCALISE, S. (1984). Generative Morphology. Dordrecht: Foris Publications.
SCHANE, S.(1973). Generative Phonology. New Jersey : Prentice-Hall Inc., Englewood Chiffs.
SEARLE, J. R. (1979). Expression and Meaning: Studies in the Theory of Speech Acts. Cambridge: C.U.P. (Trad. fran. de Joelle Proust, 1982. Sens et Expression: Études de Théorie des Actes de Langage. Paris: Editions Minuit).
SEARLE, J.R. (1969). Speech Acts: an Essay in the Philosophy of Language.Cambridge: C.U.P.(Trad. fran. 1972. Les Actes de Langage:Essai de Philosophie du Langage.Paris: Hermann;Trad. port. 1981.Os Actos de Fala... Coimbra: Livraria Almedina
SELKIRK, E. (1982). The Syntax of Words. Cambridge, Massachussets: M.I.T. Press.
SELKIRK, E. (1984). Phonology and Syntax: The Relation between Sound and Structure. Cambridge, Mass.: MIT Press.
SIEGEL, D. (1974). Topics in English Morphology. PhD thesis, M.I.T. 1979. New York: Garland.
SINGH, S. & K. S. SINGH (1982). Phonetics Principles and Practices. Baltimore: University Park Press.
SMITH, N. & D. WILSON (1979). Modern Linguistics - The Result of Chomsky's Revolution. Harmondsworth: Penguin Books.
SOLIN, D. (1989). "The Systematic Misrepresentation of Bilingual-Crossed Aphasia Data and its Consequences". In: Brain and Language 36, Special Issue: Bilingualism and Neurolinguistics.
STOCKWELL, R. P. & R. K. S. MACAULY (1972). Linguistic Change and Generative Theory. Indiana: Indiana University Press.
STOKES, R. (1980). "Textual bibliography". In: KENT, A., H. LANCOUR & J. E. DAILY (ed.). Encyclopedia of Library and Information Science. New York.
STOWELL, T. (1983). "Subjects across Categories". In: The Linguistic Review. 2.
STUBBS, M. (1983). Discourse Analysis: the Sociolinguistic Analysis of Natural Language. Chicago: The Univ. of Chicago Press.
TEYSSIER, P. (1982). História da Língua Portuguesa. Tradução de Celso Cunha. Lisboa: Edições Sá da Costa.
THOMPSON, L. S. (1976). "Manuscripts". In: KENT, A., H. LANCOUR & J. E. DAILY (ed.). Encyclopedia of Library and Information Science. Vol. 17. New York.
THOMSON, L. S. (1977). "Paper". In: KENT, A., H. LANCOUR & J. E. DAILY (ed.). Encyclopedia of Library and Information Science. Vol. 21. New York.
TIMPANARO, S. (1981). La Genesi del Metodo del Lachmann. 2a. ed. Padova: Liviana Editrice.
TRÉSOR DE LA LANGUE FRANÇAISE (1971), sous l'orientation de Paul IMBS et de B. QUEMADA. Paris: Editions Klincksieck, Ed. du CNRS.
TROUBETZKOY, N. S. (1939). Grundzuge der Phonologie. Praga. (Trad. fran. de J. Cantineau, 1947. Principes de Phonologie. Paris: Editions Klincksieck; reimpression 1967).
TURNER, M. C. (1961). The Bookman's Glossary. 4th ed. New York: R. R. Bowker Company.
ULLMANN, S. (1964). Semantics: An Introduction to the Science of Meaning. Oxford: Basil Blackwell. (Trad. port. de J. A. Osório Mateus, 1987, 5a. ed. Semântica: uma Introdução à Ciência do Significado. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.
VAANANEN, V. (1981). Introduction au Latin Vulgaire. Paris: Editions Klincksieck.
VAZQUEZ CUESTA, P. & M. A. M. LUZ (1971). Gramática da Língua Portuguesa (1980). Trad. Portuguesa. Lisboa: Edições 70.
VENDLER, Z. (1967). Linguistics in Philosophy. Ithaca, Cornell University Press.
VILELA, M. (1979). Problemas da Lexicologia e Lexicografia. Trad. de Mário Vilela, Porto: Livraria Civilização.
VILELA, M. (1980). O Léxico da Simpatia. Porto: INIC.
VILLALVA, A. (1986). Análise Morfológica do Português. Tese de Mestrado em Linguística Portuguesa. Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Policopiada.
WARDHAUGH, R. (1987). An Introduction to Social Linguistics. Oxford: Basil Blackwell.
WEST, M.L.(1973). Textual Criticism and Editorial Technique, Aplicable to Greek and Latin Texts. Stuttgart: B.G.Teubner.
WILLIAMS, E. (1980). "Predication". In: Linguistic Inquiry 11.1.
WILLIAMS, E. (1981a). "On the Notions Lexically Related and Head of a Word". In: Linguistic Inquiry 12.2.
WILLIAMS, E. (1981b). "Argument Structure and Morphology". In: The Linguistic Review 1.
WILLIAMS, E. B.(1938). From Latin to Portuguese. Historical Phonology and Morphology of the Portuguese Language. Filadelphia: Univ.of Pennsilvania. (Trad. port. de A. Houaiss,1975. Do Latim ao Português...Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro).
WOLF, E. et alii (1971). Dicionário Inverso da Língua Portuguesa. Moscovo.
ZUBIZARRETA, M. L. (1985). "The Relation between Morphophonology and Morphosyntax: The Case of Romance Causatives". In: Linguistic Inquiry 16.2.
ZUBIZARRETA, M. L.(1982). On the Relationship of the Lexicon to Syntax. PhD thesis. Cambridge: M.I.T. Press.